quarta-feira, 1 de março de 2006

Convento das Carmelitas

PSP MUDA-SE PARA
O GOVERNO CIVIL Como foi noticiado, a PSP de Aveiro vai mudar-se para o edifício do Governo Civil por estes dias. Trata-se de uma mudança que agrada a todos, tanto à PSP como ao próprio Governador Civil. As instalações, que durante tanto tempo a PSP ocupou, já não ofereciam as melhores condições de trabalho. Ao que se diz, aquele espaço está já destinado ao Tribunal Tributário. Todos sabemos que a República nacionalizou espaços religiosos, mantendo-os ao serviço do Estado até hoje. Sem discutirmos a legitimidade dessa intervenção, que já foi fruto de amplas negociações entre os Governos de Portugal e a Igreja Católica, penso que não haveria mal nenhum em oferecer o Convento das Carmelitas, anexo à igreja do mesmo nome, à Diocese, para nele ser criado um museu que contasse a história das Carmelitas entre nós. Aqui fica a sugestão.
F.M.

HOSPITAL DOS COVÕES - 2


Homenagem ao poeta António Aleixo

Um pouco de história


A primeira impressão que o paciente regista, quando chega ao Hospital dos Covões, diz-lhe que o edifício é antigo, com traços notoriamente diferentes dos actuais Hospitais. Mas se olhar à volta, logo vê que há pavilhões novos e funcionais. Os corredores da parte mais antiga são suficientemente largos para que tudo e todos circulem sem atropelos, mas nota-se, em certas zonas, algumas correntes de ar que incomodam. Não vi isso, porém, nos novos espaços que dão enquadramento a inúmeras especialidades médicas e serviços de apoio. De qualquer forma, a parte antiga mostra sinais de arte, com pinturas e outras decorações com marcas de antiguidade, que lhe emprestam um aspecto diferente e muito bonito.
Nasceu de um projecto iniciado em 1918, mas só concluído em 1930, projecto esse que foi baptizado com o nome Escola Pró-Pátria. A iniciativa foi da Colónia Portuguesa do Brasil, ao tempo muito generosa, tendo espalhado por todo o País Escolas, Hospitais e outros edifícios de assistência e cultura. Aquela Escola destinava-se a recolher e educar os órfãos dos soldados mortos na Iª Grande Guerra, tendo a intenção de permanecer como um Asilo-Escola, espécie de "... laboratório onde a educação transformará através dos tempos as crianças pobres em trabalhadores modelo, em cidadãos exemplares", como se lê no seu historial.
Entretanto, a 5 de Fevereiro de 1931 é publicado o Decreto 19 310 em que a Assistência da Colónia Portuguesa do Brasil faz doação do seu património ao Governo Português, transformando a Escola Pró-Pátria em Sanatório Anti-tuberculoso, para indivíduos do sexo masculino. Quem entra, se olhar à esquerda, vê no jardim fronteiro um monumento simples, com uma quadra do poeta popular António Aleixo, e do lado direito um busto do médico e filantropo Bissaya Barreto, a quem Coimbra e Portugal muito devem, tal a força das causas por que lutava e os projectos em que se empenhou. Porquê a homenagem ao poeta António Aleixo?

António Aleixo nasceu em 18 de Fevereiro de 1899, em Vila Real de Santo António, e em 28 de Junho de 1943, após a morte da filha, devido a tuberculose, é internado no Hospital-Sanatório dos Covões, por sofrer da mesma doença. A sua passagem por aquele estabelecimento de saúde foi recordada com uma homenagem do Centro Hospitalar de Coimbra, em 29 de Julho de 1978, como reza a lápide. E com justiça, diga-se de passagem, porque nem sempre as pessoas simples, embora de grandes méritos, são lembradas pelas entidades oficiais e mesmo particulares. Aqui, o nosso maior poeta popular não foi esquecido.
O homem, com a simples terceira classe, que escrevia com alguns erros ortográficos, de cultura académica elementaríssima, possuía o dom de ser poeta. Foi cauteleiro e guardador de rebanhos, cantava de feira e feira e deliciava quantos o ouviam pela naturalidade com que rimava quadras carregadas de sabedoria. No monumento, modesto mas significativo, ficou registada, para quem passa, uma quadra singular, que não deixa de ser uma censura dirigida a muito boa gente dos nossos dias.
Diz assim:

Quem trabalha e mata a fome
Não come o pão de ninguém
Quem não ganha o pão que come
Come sempre o pão de alguém

Se for ao Hospital dos Covões, leia esta quadra. Se o fizer, estará a prestar, de modo muito simples, uma homenagem ao nosso maior poeta popular.

Fernando Martins

NB: Para conhecer um pouco mais António Aleixo, pode ler “Este livro que vos deixo…”

terça-feira, 28 de fevereiro de 2006

"Brasões e escudos" nos Paços do Concelho

Aveiro: Paços do Concelho
No edifício dos Paços do Concelho de Aveiro, encontram-se três “brasões” e “escudos”, dois na zona central da fachada principal, e outro na fachada virada para a Rua de Coimbra / Rua Combatentes da Grande Guerra (“Rua Direita”).O brasão lateral, e um dos frontais, representa as “armas de Aveiro”, com algumas pequenas diferenças em relação às descritas por José Reinaldo Rangel de Quadros, no livro “Aveiro – Origens, brasão e antigas freguesias”. Este autor descreve as “armas de Aveiro” da seguinte forma: “Escudo oval sobre manto real aberto; no centro uma águia com uma coroa imperial e com as asas abertas e os pés sobre ondas; do lado direito, as Quinas em escudo ordinário; e do lado esquerdo a esfera; a contra-postas, duas estrelas de sete raios e duas meias luas com as pontas voltadas para o interior do escudo. O brasão é encimado por uma coroa real”.
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Fonte: Correio do Vouga

OS MEUS DESTAQUES

Portugal exíguo”, o Editorial de António José Teixeira, no Diário de Notícias. No mesmo diário, “Doenças cardiovasculares de origem genética com diagnóstico precoce”. No Correio do Vouga, “Onde leva o caminho do mais fácil?”, um artigo de D. António Marcelino.
Na Ecclesia, pode ler "Cada embrião é uma vida humana inviolável". Ainda na mesma Agência noticiosa, leia "Do Carnaval às Cinzas - História das celebrações dos próximos dias"

HOSPITAL DOS COVÕES - 1

Estou de volta  


Depois de viver a experiência de um internamento hospitalar, durante 12 longos dias, estou de volta ao contacto com os amigos de ciberespaço. Já tinha saudades de estar no mundo habitual, para partilhar, nesta aldeia global em que agora vivemos, graças à Internet, as alegrias da vida e o gosto da presença nos acontecimentos que nos invadem a toda a hora e a todo o momento. Mas também foi bom ter estado onde estive, no Hospital dos Covões, em Coimbra. Não só pela forma como fui acolhido e tratado (de que darei nota nos próximos dias), mas ainda por viver momentos de recolhimento, de reflexão, de partilha de sofrimentos, de alegrias e de tristezas.
Nos Covões, pude confirmar a solidariedade que se vive num estabelecimento de Saúde e senti a certeza de que há muita gente boa e com capacidade para se dar aos outros. De tudo isso darei conta aos meus amigos durante uns dias. Sempre pela positiva, porque o que é bom merece ser sublinhado. 
Penso que a nossa sociedade aprendeu muito bem o direito de criticar, de denunciar o que está mal, de reclamar mais e melhor. Isso não tem nada de negativo. As críticas, as denúncias, os protestos e as reivindicações serão, à partida, fundamentais ao aperfeiçoamento e ao progresso. Mas não será menos verdade que o reconhecimento do que está bem e o aplauso do que é bom também será muito estimulante. 
Por aqui, portanto, em jeito de notas do meu diário, escreverei sobre o que vi, na certeza de que vale a pena deixar a outros as críticas, as denúncias, as reivindicações. É que, pela positiva, há menos gente a falar e a escrever. 

Fernando Martins

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2006

Ausente, mas presente

Por motivo inadiável, penso estar ausente uns dias. Porém, se puder, procurarei estar com os meus leitores, nem que seja de fugida.
No regresso, que espero seja o mais cedo possível, voltarei ao convívio diário com os meus amigos leitores, porque também tenho necessidade de me sentir membro activo desta aldeia global que nos encanta com tantas coisas boas.
Até breve, se Deus quiser.

Fernando Martins

Português condecorado pelo Papa

Ordem de Cavaleiro
de São Gregório Magno
para Guilhermino Pires
Bento XVI condecorou o português Guilhermino Pires com as insígnias da ordem de Cavaleiro de São Gregório Magno, pelo trabalho desenvolvido como presidente da Organização Mundial das Associações de Antigos Alunos de Escolas Católicas (OMAEC).
A leitura do Breve da condecoração foi feita pelo Núncio Apostólico no Líbano, no final do XIII Congresso desta organização em Beirute, tendo sido a entrega das respectivas insígnias feita pelo Superior Geral dos Salesianos, entidade à qual o condecorado afirma dever a sua formação.
Guilhermino Pires, natural de Murça, Trás-os Montes, foi durante cerca de 25 anos Director da Imprensa Nacional - Casa da Moeda, e é docente no Instituto Politécnico de Tomar.
A OMAEC, organização a que presidiu durante seis anos, foi fundada em 1967, tem cerca de 160 milhões de associados e é reconhecida pelo Vaticano como uma Organização Internacional Católica (OIC). Enquanto ONG tem representações na ONU em Nova Iorque, em Genebra, em Paris e em Viena.

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