Preparando a Semana
Social Nacional de 2006
A reflexão lançada pela Igreja católica sobre a realidade do emprego no nosso país, que culminará com a realização da Semana Social de 2006, pretende apresentar um discurso de esperança. Isso mesmo foi explicado à Agência ECCLESIA por Manuel Porto, presidente da Comissão Coordenadora Nacional das Semanas Sociais.“A intenção de fundo é apresentar uma perspectiva positiva, junto de estruturas sociais, empresariais e sindicais”, assegura. Nesse sentido, está a ser enviada uma carta a essas entidades, procurando encontrar casos de sucesso.
O fenómeno sempre presente do desemprego deve ser analisado, segundo Manuel Porto, desde as várias razões que o favorecem, “desde o progresso tecnológico ao modelo social que se implementa em determinado país”. Para este responsável, é fundamental a existência de uma “protecção sem rigidez”, defendendo os interesses de quem trabalha e apoiando quem está desempregado.
“A Igreja sempre defendeu que o Estado deve intervir, mas é necessário que as pessoas possam exprimir a sua iniciativa”, lembra. Assim, a Semana Social quer frisar que “a criação de emprego depende de cada um de nós” e irá apresentar “iniciativas criadoras de emprego em várias áreas”.
O Cardeal Renato Martino, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, Jacques Delors, António Guterres, Vítor Constâncio e vários outros governantes e ex-governantes do nosso país estarão entre os convidados.Sob o tema “Uma sociedade criadora de emprego”, a iniciativa da Comissão Episcopal do Laicado e Família da CEP pretende mobilizar as dioceses e as organizações eclesiais e sociais em torno de uma questão chave para o desenvolvimento e o bem-estar do país.
Manuel Porto sublinha que estas são jornadas para “desassossegar as consciências”, recordando às pessoas que “têm a obrigação de tomar iniciativas”.
::
(Para conhecer programa, clique aqui)