sábado, 10 de dezembro de 2005

NATAL: Um poema de David Mourão-Ferreira

Posted by Picasa NATAL, E NÃO DEZEMBRO Entremos, apressados, friorentos, numa gruta, no bojo de um navio, num presépio, num prédio, num presídio, no prédio que amanhã for demolido… Entremos, inseguros, mas entremos. Entremos, e depressa, em qualquer sítio, porque esta noite chama-se Dezembro, porque sofremos, porque temos frio. Entremos, dois a dois: somos duzentos, duzentos mil, doze milhões de nada. Procuremos o rastro de uma casa, a cave, a gruta, o sulco de uma nave… Entremos, despojados, mas entremos. De mãos dadas talvez o fogo nasça, talvez seja Natal e não Dezembro, Talvez universal a consoada.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2005

MUSEU DE AVEIRO: "NATAL DO LIVRO"

Posted by Picasa Museu de Aveiro OBRAS DIVERSAS A PREÇOS EM CONTA
Até 31 de Dezembro, os amigos do livro podem visitar, no Museu de Aveiro, mais uma edição do “Natal do Livro”, onde poderão apreciar e comprar obras a preços em conta, com reduções que atingem os 75 por cento.
Esta exposição/venda apresenta livros editados pelos museus ligados ao Instituto Português dos Museus, tanto nacionais como outros que fazem parte da Rede de Museus, nomeadamente roteiros, catálogos de exposições e de acervos, obras específicas sobre museologia, bem como livros temáticos.
No Museu de Aveiro, podemos, então, encontrar obras como “A utopia e os pés no terreno”, do arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles, “De Picasso a Dali”, “Estudo da pintura portuguesa, origem da oficina Gregório Lopes”, “Guarda – História e cultura judaica”, “Amália Rodrigues – Retratos fotográficos Silva Nogueira”, “Surrealismo em Portugal 1934 – 1952”, “A casa das porcelanas”, “Livro antigo do Museu de Aveiro”, entre muitos outros, sobre arqueologia, urbanismo, pintura,música, escultura, joalharia, porcelanas, faianças e biografias. Uma mostra a não perder, sobretudo nesta quadra natalícia, em que se oferecem tantas prendas que não servem para nada.
Fonte: Correio do Vouga

Um artigo de Laurinda Alves, no Correio do Vouga

Posted by Picasa Laurinda Alves, directora da revista XIS Dezanove sorrisos e meio
É impossível ficar indiferente quando alguém nos faz um sorriso aberto e sincero. Ninguém é imune àquela que foi considerada a mais subtil das expressões humanas e, mesmo sem termos consciência, todos reagimos a um sorriso. São muito raros os que permanecem gelados e, quando acontece, revelam uma insensibilidade quase chocante.
Em matéria de reacções bizarras, aliás, abro aqui um parêntesis para referir as inúmeras vezes que nos cruzamos em elevadores com pessoas impassíveis e incapazes de cumprimentar à entrada ou à saída. Confesso que esta casta de gente olimpicamente alheia à presença física dos outros me incomoda e perturba sempre. Ou seja, não consigo nunca deixar de reparar na falta de educação daqueles que entram e saem de um cubículo, que sobe e desce carregado de pessoas, como se não as vissem nem ouvissem. E fecho o parêntesis.
Pode acontecer não devolvermos um sorriso por excesso de distracção ou por uma preocupação súbita mas, na realidade, reparamos sempre que alguém nos sorri.O sorriso é uma linguagem silenciosa, que diz tanto ou mais do que as próprias palavras e traduz muito daquilo que em nós permanece mudo ou, de alguma forma, secreto.
As pessoas também se revelam pela naturalidade e facilidade com que sorriem. Mais ou menos frequentes, na realidade existem sorrisos polidos, elegantes, irónicos, francos, acolhedores, sedutores, felizes, tímidos, cúmplices, generosos, defensivos, corajosos, comovidos, desarmantes, e por aí adiante. Dizem os especialistas que há 19 tipos de sorriso e que cada um convoca músculos diferentes e transmite ao cérebro mensagens distintas. Ou seja, antes de ser um sinal afectivo, é um mecanismo cerebral, pois tudo começa por um estímulo da parte anterior do hipotálamo, uma glândula situada na base do cérebro. Os cientistas citados pela revista Psychologies esclarecem que, tal como uma onda, esta excitação inicial transmite um fluxo nervoso ao sistema límbico, que é, por definição, o lugar das emoções. Assim sendo, o tónus muscular relaxa e desenham-se as expressões faciais de simpatia, prazer ou contentamento.
Curisosamente, se o estímulo começar na parte posterior do hipotálamo, as reacções faciais são de zanga, ira ou desprazer. Há sorrisos famosos e eternos, como o de Mona Lisa; e há outros completamente anónimos, mas que nos tocam e são capazes de transformar uma situação banal num momento especial. Olhando para esta casta de sorrisos possíveis e imaginários, até posso concordar que existam 19 tipos de sorrisos, mas atrevo-me a juntar mais um: o meio sorriso, sempre tão misterioso e atraente.

NATAL: Mensagem do Bispo de Aveiro

 


O NATAL EM QUE ACREDITO


O NATAL QUE EU DESEJO O teu Natal, Senhor Jesus, vem aí no final de um ano doloroso, no qual pudemos ver larga sementeira de morte, devastação, desespero, indiferença, guerra. Decerto, não foi só a natureza criada, descontente com aqueles que a não respeitam e não se esforçam por penetrar o seu segredo e perscrutar as suas leis. Foram, também, os que não deixam o mundo rasteiro dos seus interesses e ficam alheios ao sofrimento de quem não entra nos seus projectos. Foram, ainda, os que, na actividade política, por esse mundo fora, se esqueceram que só a procura denodada do bem de todos justifica a sua vida. 

quinta-feira, 8 de dezembro de 2005

NATAL: UM POEMA DO CARDEAL ALEXANDRE DO NASCIMENTO

Posted by Picasa Tela do pintor renascentista italiano Rafael (1483 - 1520) O MENINO E SUA MÃE Vi há tempos um quadro feito por mão inspirada: Os traços eram perfeitos do Menino Jesus e sua Mãe. Causava enlevo, fazia ternura, e o olhar que se desprendia de Nossa Senhora, Que tinha seguro nos braços o seu Menino. Este deixava ver bem Seu grande afecto, Sua divina paixão por Aquela que tão estreito o trazia ao peito: A cabecita de encontro, bem encostada, entre a face e o ombro de Sua Mãe e a carita de criança voltada para nós… Mais que tudo, porém, impressionou-me o ar, o ar de desafio, cheio de divina meiguice um ar (Deus me perdoe!) quase gaiato que parecia dizer a quantos o quisessem entender: “É minha, só minha a Virgem Maria!” De tão estreito e apertado que cingia com os bracitos Nossa Senhora… Confesso que estranhei, por me ver quase defraudado por esta divina avareza. Mas no olhar sorridente da Virgem bondosa li logo a resposta, a bonança que me vinha: “Deixa-O, meu filho, são primeiros tempos que goza a novidade de ter… Mãe: Eterno que é, só isto Lhe faltava, no céu… Não tarda que no Calvário te dê a Sua vida (pouca coisa para Ele!) e o que é mais ainda: que te dê Sua Mãe, tua Santa Maria”. In “Livro de Ritmos”

IMACULADA CONCEIÇÃO

Posted by Picasa Imaculada Conceição O dogma da Imaculada Conceição foi proclamado em 8 de Dezembro de 1854 por Pio IX
1. O dogma da Imaculada Conceição, proclamado a 8.12.1854 por Pio IX (Bula “Ineffabilis Deus”), declara a santidade da Virgem Santa Maria desde o primeiro momento da sua existência, desde a sua Conceição, ou seja, que ela foi preservada desde sempre da mácula do pecado original, no qual nascem todos os filhos de Adão. Enquanto estes estão privados da graça divina, a Virgem Maria foi toda pura, santa e imaculada desde o início da sua vida. Esta foi desde sempre a convicção profunda da Igreja, que viu na Virgem Maria a ‘Nova Eva’ (Sto.Ireneu).
2. Apesar da sua reconhecida devoção a Nossa Senhora, homens como S. Bernardo, Sto. Alberto Magno, S. Boaventura e S. Tomás tiveram dificuldade em admitir a Imaculada Conceição, porque difícil de conciliar com o dogma da universalidade da Redenção. Proclamar a Imaculada Conceição parecia implicar retirar a Virgem Maria da órbita da Redenção em Jesus Cristo, a qual, por ser necessária e absoluta, era tão universal como o pecado original. Se a Virgem Maria não estivesse incluída no número dos que contraíam o pecado de Adão, ficava então igualmente excluída da redenção, e esta não seria universal, pois não abrangeria todos os descendentes de Adão. Perante esta alternativa, foram como que obrigados a negar o privilégio de Maria até ser possível conciliá-lo com o dogma da universalidade da redenção em Cristo.
(Para ler mais, clique Ecclesia)

UNIVERSIDADE DE COIMBRA: "DEZ LIVROS QUE ABALARAM O MUNDO"

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EXPOSIÇÃO ABERTA ATÉ 15 DE FEVEREIRO Edições muito antigas e valiosas da Bíblia e da "Origem das Espécies", de Darwin, estão expostas a partir de hoje na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (UC), na mostra "Dez livros que abalaram o mundo". Patente até 15 de Fevereiro na Sala de S. Pedro, a exposição resulta de uma votação entre dez docentes de todas as faculdades da UC, instados a escolher os dez livros que mais influenciaram a Humanidade.
A "Origem das Espécies", de Charles Darwin, foi o livro mais votado, seguindo-se a Bíblia, num conjunto de obras em que também figuram a "Odisseia", de Homero, e "Dom Quixote de La Mancha", de Miguel de Cervantes.
Segundo o director da Biblioteca Geral, Carlos Fiolhais, nesta lista dos dez livros mais decisivos na história da Humanidade constam ainda "O Capital", de Karl Marx, "A Riqueza das Nações", de Adam Smith, "A Interpretação dos Sonhos", de Sigmund Freud, e um conjunto de obras e artigos de Albert Einstein sobre a teoria da relatividade.
"Diálogo sobre Duas Novas Ciências", de Galileu, e "Princípios Matemáticos de Filosofia Natural", de Isaac Newton, integram também o rol.
A exposição inclui cerca de 120 edições das obras, entre as quais figuram exemplares da Bíblia datados da Idade Média, em pergaminho, com iluminuras desenhadas à mão, e o único exemplar original existente em Portugal dos "Annalen der Physic", no qual Einstein publicou artigos sobre a teoria da relatividade.
O catálogo da mostra integra cerca de três centenas de edições destas obras, existentes na Biblioteca Geral e nas restantes bibliotecas da UC. "É uma mostra representativa da riqueza do património das bibliotecas da Universidade de Coimbra", frisou o professor catedrático da Faculdade de Ciências e Tecnologia.
Num ciclo de debates que se prolonga até 8 de Junho de 2006, os docentes que participaram na votação justificam as suas escolhas. "Dez livros que abalaram o mundo" é uma iniciativa conjunta da Biblioteca Geral e da Reitoria da Universidade de Coimbra.
FONTE: PÚBLICO

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