quinta-feira, 13 de outubro de 2005

Associação de Apoio ao Imigrante lança programa de apoio à iniciativa empresarial

AJUDA IMPORTANTE À CRIAÇÃO DE EMPRESAS PELOS IMIGRANTES
A Associação de Apoio ao Imigrante, em S. Bernardo, lançou um programa de «acções de formação e posterior apoio a iniciativas empresariais».
Este programa consiste numa série de acções de formação que passam por campos tão vastos como o marketing e a contabilidade, entre outros. Do plano de formação consta também uma explicação de todo o processo que é necessário para abrir uma empresa. Ao longo da formação, serão convidados vários imigrantes a relatarem as suas experiências no mundo empresarial.
Apesar da associação ser conotada com os imigrantes do Leste europeu, esta acção de formação está aberta a todos os cidadãos imigrantes, independentemente do seu país de origem.
O objectivo deste programa é ajudar a organizar, implantar e desenvolver todo o tipo de iniciativas que permitam à população imigrante criar empresas.
Isto porque a partir de cinco anos de permanência autorizada no nosso país, qualquer imigrante pode abrir uma empresa.Este programa insere-se no plano de actividades para este ano e que foi apresentado ao Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas (ACIME). As acções de formação decorrerão nos meses de Outubro, Novembro e Dezembro.
Os interessados podem-se inscrever na Sede da Associação de Apoio ao Imigrante, localizada na Junta de Freguesia de S. Bernardo, ou pelo telefone 234342890 e fax 234342367.
Fonte: Diário de Aveiro

Um artigo de D. António Marcelino

Posted by Picasa D. António Marcelino Astrólogos, bruxos e cartomantes, mestres e videntes...
Há um fenómeno na nossa sociedade a precisar de atenção e de estudo. Todos os dias, páginas nos jornais, programas na televisão e na rádio, papéis na rua e nos automóveis, oferecem, por arte e saber de “praticantes do ocultismo” e outros mestres, remédio infalível para todos os males, solução para todos os problemas, alívio para todas as dores, ajuda para todos os desconfortos, conselho para todas as dúvidas, perplexidades e desgostos da vida. Dão-se, ao mesmo tempo, indicações de um caminho eficaz para pragas e desgraças, amarrações e feitiços, bruxarias e maus olhados, ciúmes e desgostos, bons e maus negócios. Tudo com resultado assegurado e garantia de seriedade e de êxito.
Uns riem-se de tudo isto, outros ignoram-no ou depreciam-no; mas não falta quem se decida seguir, de modo cego, na senda da esperança de todas estas ofertas. Fala-se que por aí vão, frequentemente, políticos e empresários, gente humilde e gente culta, futebolistas e dirigentes de clubes, “mulheres” simples e “senhoras” distintas, pessoas, enfim, das cidades, vilas e aldeias. Se a publicidade é tão aguerrida e abundante, certamente é porque os frequentadores e consumidores o justificam e os tempos que vivemos o recomendam.
Os tempos correm, de facto, ao jeito de se aceitar tudo, porque cada um vai onde quer e faz o que quer, sem que tenha de dar razões para as suas opções pessoais.. De há muito, o povo diz que quem sofre e tem problemas para os quais os senhores doutores e conselheiros espirituais não encontram solução, não lhe resta senão ir à bruxa…É verdade que culturas e tradições de gente vinda de outras terras e agora a viver entre nós, devem ser respeitadas. Muitos dos “mestres” que se oferecem e publicitam são africanos e brasileiros. A língua, apesar das diferenças introduzidas e das dificuldades de uma boa aprendizagem, é mais que suficiente para facilitar a comunicação e proporcionar a abertura do coração nos encontros, regulares ou ocasionais, com quem tanto promete. Mesmo que as expressões e ofertas em praça não tenham igual valor.
Há gente com muitas dúvidas permanentes nunca esclarecidas e com problemas diários não solucionados, de mistura com uma forte nostalgia do religioso, e uma ânsia, não superada, do transcendente, uma perda não assumida, por completo, das raízes culturais tradicionais.
A procura emotiva não dá tempo a raciocínios, nem lugar a explicações. É um atirar de cabeça para o mais fácil, o mais prometedor, o mais ansiado e desejado. Hoje, dá tranquilidade interior encontrar quem ouça pacientemente e não contradiga desabafos, saiba entrar no mundo dos desejos e dos sonhos, para os alimentar e não volatilizar, prometa, serenamente, o céu e a terra, sabendo, embora, muitas vezes, que o que tem para dar cabe numa das mãos cheia de vento. Gente que nunca tem dúvidas no que diz e no que faz, porque, no fim, há sempre resposta bem acolhida, para o que não resultou.Não obstante uma generalizada escolaridade, há uma forte regressão de raciocínio, mesmo sabendo que a inteligência não tem resposta para tudo. Há uma tendência para as respostas fáceis, mesmo sendo elas expressões vazias, embora cativantes para os ouvidos. Proliferam, assim, as formas de ocultismo e outras mais ou menos iguais, num mercado desencontrado do que seria legítimo esperar do tempo em que vivemos.
As Igrejas têm alguma responsabilidade em tudo isto. Parece terem preferido as vias eruditas do ensinamento e da lei, em vez da comunicação simples, ainda que profunda, frente a pessoas concretas e ao seu mundo real. Se no lugar próprio esmorece o afecto, abrem-se e forçam-se portas novas para o procurar, ainda que à revelia do elementar bom senso. Ninguém dispensa o profeta; seja ele humano e fale a verdade, com amor..

PORTUGAL DEVE EVITAR TENDÊNCIAS ANTICATÓLICAS

Posted by Picasa Marcelo Rebelo de Sousa RESPEITAR A LIBERDADE RELIGIOSA É NÃO A LIMITAR AOS TEMPLOS
Marcelo Rebelo de Sousa preveniu contra os excessos “anticlericais” e “anticatólicos” que se vivem no nosso país, que pretendem limitar o âmbito da Liberdade Religiosa à esfera do privado.“É redutor da Liberdade Religiosa dizer que ela pode ser vivida a sós ou em comunidades fechadas”, disse ao apresentar, ontem, o Relatório 2005 sobre a Liberdade Religiosa no Mundo da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre.
“Há hoje, mais do que no passado, a ideia de que nos Estados sem Religião – os Estados democráticos – os crentes tenham a sua fé e a pratiquem, mas não venham invocar a sua fé para pronunciar-se sobre questões políticas, culturais, morais ou sociais”, lamentou, em declarações aos jornalistas.
Falando sobre os fundamentalismos religiosos e anti-religiosos retratados no Relatório, Rebelo de Sousa frisou que “a Liberdade Religiosa implica que cada um possa viver a sua fé, numa comunidade onde há problemas: se essa fé passar por tomar posições de denúncia, isso é um exercício da Liberdade Religiosa, como foi, durante a ditadura, a denúncia do regime político invocando princípios religiosos, éticos e morais”. “Respeitar a Liberdade Religiosa é não a limitar aos templos onde as comunidades crentes praticam os actos de culto, é permitir que elas se manifestem em toda a vida social”, acrescentou.
Marcelo Rebelo de Sousa disse ainda que o Tratado Constitucional Europeu esqueceu “o papel das Religiões na construção da Europa” e que esta “é uma comunidade de gente que tem Religiões e a Religião faz parte da vida dessa Europa”.
(Para saber como está a Liberdade Religiosa no Mundo, clique ECCLESIA)

quarta-feira, 12 de outubro de 2005

BISPOS PORTUGUESES NAS CAMPANHAS CONTRA O ABORTO

Posted by Picasa D. Carlos Azevedo MOVIMENTOS PRÓ-VIDA VÃO TORNAR-SE MAIS ACTIVOS
O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) e Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Carlos Azevedo, revelou ontem que cada bispo diocesano irá coordenar e reforçar o apoio aos movimentos cívicos que defendem o "não" no referendo ao aborto.
No entanto, D. Carlos Azevedo explicou que a Igreja só irá tomar uma posição pública depois da marcação da data do referendo, que a hierarquia espera ver agendado para depois das eleições presidenciais de Janeiro próximo. "Parece-nos que isso é consensual na opinião pública", disse.
Contudo, o apoio aos movimentos católicos pró-vida vai começar desde já e "será cada bispo a acolher e a dinamizar" esses grupos em cada diocese. "Os movimentos cívicos estão já no terreno e aqueles que se identificam com alguns dos valores que a Igreja defende estão em coordenação connosco", acrescentou D. Carlos Azevedo. E sublinhou que, "se houver um referendo, os movimentos tornar-se-ão mais activos e combativos".

ORDEM DA LIBERDADE PARA KOFI ANNAN

Posted by Picasa Kofi Annan KOFI ANNAN: UM GRANDE SERVIDOR DA PAZ
O Secretário-Geral da ONU, Kofi Annan, foi ontem condecorado pelo Presidente Jorge Sampaio com o Grande Colar da Ordem da Liberdade, distinção que aceitou como "um testemunho dos laços estreitos" que existem entre Portugal e as Nações Unidas. "A nossa relação é marcada por uma próxima e frutuosa cooperação em muitas áreas, desde o avanço dos direitos humanos aos esforços conjuntos a favor do povo de Timor-Leste e do desenvolvimento de África, particularmente de Moçambique, Angola e Guiné-Bissau", declarou Annan, na cerimónia de condecoração realizada no Palácio da Ajuda, em Lisboa. O chefe de Estado português elogiou o trabalho de Kofi Annan, classificando o Secretário-Geral da ONU como "um grande servidor da paz e um defensor incansável dos valores universais consagrados na Carta das Nações Unidas". Destacou também as qualidades de Annan como "pessoa que, cumprindo com exemplar isenção as suas funções, tem dado a Portugal provas de especial simpatia e consideração".Portugal agradece, nomeadamente, a Kofi Annan o apoio e o empenho nos esforços que conduziram à independência de Timor-Leste e, por isso, distinguiu-o com a Ordem da Liberdade a título excepcional, já que se trata de um galardão reservado a chefes de Estado. Fonte: “PÚBLICO” on-line

CNJP lança discussão sobre o tráfico de armas

«Por uma sociedade segura e livre de armas»
A Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP) vai promover, em conjunto com uma série de parceiros, uma Audição Pública sobre o tráfico e a proliferação de armas ligeiras, com o lema “Por uma sociedade segura e livre de armas”. A iniciativa começa no próximo dia 8 de Novembro e conta com 5 sessões, até 16 de Maio de 2006.A CNJP pretende “informar e motivar a sociedade civil a participar neste esforço colectivo para reduzir drasticamente o número de armas ilegais, e mesmo legais, em Portugal”.
Este organismo católico considera que “há uma perigosa e excessiva proliferação de armas ligeiras”, que acompanha um adensar do clima de violência no nosso país. Vincando que as armas “são um facto de violência” e que a manifestação dessa violência passa, na maioria dos casos, “pelo recurso às armas ligeiras”, a CNJP defende que “é com extrema preocupação que se deve encarar a situação existente”.“É preciso agir já”, sustentam os membros da comissão, que pedem a mobilização da sociedade civil e dos políticos para “dar resposta a esta situação potencialmente explosiva”.
A CNJP estranha que esta problemática se tenha agravado, não obstante a apresentação, em Junho de 2002, de uma Petição à Assembleia da República, com mais de 90 000 assinaturas, solicitando, com urgência, o debate e a promulgação de legislação sobre o tráfico ilegal de armas ligeiras em Portugal. A petição mereceu discussão em Comissão Especializada, sendo, de seguida, arquivada.
Na preparação desta Audição estão envolvidas muitas organizações ligadas à Igreja Católica: Comissões Diocesanas Justiça e Paz de Braga, Aveiro, Portalegre-Castelo Branco e Setúbal; Comissão Justiça e Paz dos Institutos Religiosos; Associação da Imprensa Missionária; Revista “Além-Mar”; Rede Fé e Justiça África-Europa; Pax Christi Internacional; Movimento dos Trabalhadores Cristãos; Movimento dos Focolares; Metanoia; Centro de Reflexão Cristã; Fórum Abel Varzim; Associação dos Professores Católicas; bem como outras entidades, nomeadamente a Amnistia Internacional – secção portuguesa.
A Audição Pública contará com a contribuição de Nuno Severiano Teixeira, Ruy Pereira, Isabel Guerra, Adriano Moreira, António Vitorino e Maria José Morgado, entre outros.
Fonte: Ecclesia

terça-feira, 11 de outubro de 2005

SÍNODO DOS BISPOS: Bispo de Viseu preocupado com quebra de prática dominical

Posted by Picasa D. António Marto D. António Marto na 13ª Congregação Geral: "A pastoral deve oferecer ao homem de hoje o encontro com a beleza da fé"
"1. Urgência Eucarística
O declínio na frequência da Missa dominical é um indício do enfraquecimento da fé e do afecto relativamente à Eucaristia. É por isso que se pode falar de uma “urgência eucarística, já não derivada de um incerteza de fórmulas, mas porque a hodierna práxis eucarística tem necessidade de uma nova expressão de amor a Cristo” (Lineamenta).
2. O caminho da Beleza
Como voltar a despertar o assombro eucarístico, o sentido do maravilhoso perante o mistério da Eucaristia, se não se consegue descobrir a sua beleza? Na cultura pós-moderna, dominada pelo relativismo sobre a verdade e o bem, mas também fascinada pela estética, a beleza é, verdadeiramente, um caminho ou uma porta para redescobrir a Eucaristia como mistério de beleza.
A Eucaristia, de facto, é o maior ícone da beleza de Deus revelada em Cristo, porque é a presença real do “mais belo dos filhos dos homens” (Sl. 45, 3) na totalidade da sua presença de ressuscitado e na plenitude do seu mistério: a beleza do amor que se dá a nós, redimindo-nos e transfigurando-nos, revelando-nos o olhar do Pai que, de maneira permanente, nos cria e nos torna belos e bons. Utilizando palavras de sua Santidade, isto não é só um problema da Teologia, mas também da pastoral, que deve oferecer ao homem de hoje o encontro com a beleza da fé.
3. Eucaristia e Evangelização
Tudo isto implica um projecto de evangelização de ampla respiração contemplativa e missionária, que parte da Eucaristia, para o qual considero essenciais os seguintes pontos:
a) realçar a relação existente entre Eucaristia e as aspirações profundas do coração do homem contemporâneo;
b) partir novamente de Cristo, indo ao coração da fé através do primeiro anúncio;
c) promover a qualidade e a beleza da celebração eucarística como momento privilegiado da evangelização de tipo mistagógico;
d) a Eucaristia é também para o mundo. A assembleia eucarística, além de ser um testemunho público de fé, é ainda portadora de uma cultura eucarística, de atitudes e comportamentos pessoais e sociais: a experiência da fraternidade, do espírito de reconciliação e de paz, a dimensão festiva da vida... são atitudes humanas que configuram uma espiritualidade eucarística, contributo indispensável para construir a civilização da Beleza e do Amor."