quarta-feira, 12 de outubro de 2005

ORDEM DA LIBERDADE PARA KOFI ANNAN

Posted by Picasa Kofi Annan KOFI ANNAN: UM GRANDE SERVIDOR DA PAZ
O Secretário-Geral da ONU, Kofi Annan, foi ontem condecorado pelo Presidente Jorge Sampaio com o Grande Colar da Ordem da Liberdade, distinção que aceitou como "um testemunho dos laços estreitos" que existem entre Portugal e as Nações Unidas. "A nossa relação é marcada por uma próxima e frutuosa cooperação em muitas áreas, desde o avanço dos direitos humanos aos esforços conjuntos a favor do povo de Timor-Leste e do desenvolvimento de África, particularmente de Moçambique, Angola e Guiné-Bissau", declarou Annan, na cerimónia de condecoração realizada no Palácio da Ajuda, em Lisboa. O chefe de Estado português elogiou o trabalho de Kofi Annan, classificando o Secretário-Geral da ONU como "um grande servidor da paz e um defensor incansável dos valores universais consagrados na Carta das Nações Unidas". Destacou também as qualidades de Annan como "pessoa que, cumprindo com exemplar isenção as suas funções, tem dado a Portugal provas de especial simpatia e consideração".Portugal agradece, nomeadamente, a Kofi Annan o apoio e o empenho nos esforços que conduziram à independência de Timor-Leste e, por isso, distinguiu-o com a Ordem da Liberdade a título excepcional, já que se trata de um galardão reservado a chefes de Estado. Fonte: “PÚBLICO” on-line

CNJP lança discussão sobre o tráfico de armas

«Por uma sociedade segura e livre de armas»
A Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP) vai promover, em conjunto com uma série de parceiros, uma Audição Pública sobre o tráfico e a proliferação de armas ligeiras, com o lema “Por uma sociedade segura e livre de armas”. A iniciativa começa no próximo dia 8 de Novembro e conta com 5 sessões, até 16 de Maio de 2006.A CNJP pretende “informar e motivar a sociedade civil a participar neste esforço colectivo para reduzir drasticamente o número de armas ilegais, e mesmo legais, em Portugal”.
Este organismo católico considera que “há uma perigosa e excessiva proliferação de armas ligeiras”, que acompanha um adensar do clima de violência no nosso país. Vincando que as armas “são um facto de violência” e que a manifestação dessa violência passa, na maioria dos casos, “pelo recurso às armas ligeiras”, a CNJP defende que “é com extrema preocupação que se deve encarar a situação existente”.“É preciso agir já”, sustentam os membros da comissão, que pedem a mobilização da sociedade civil e dos políticos para “dar resposta a esta situação potencialmente explosiva”.
A CNJP estranha que esta problemática se tenha agravado, não obstante a apresentação, em Junho de 2002, de uma Petição à Assembleia da República, com mais de 90 000 assinaturas, solicitando, com urgência, o debate e a promulgação de legislação sobre o tráfico ilegal de armas ligeiras em Portugal. A petição mereceu discussão em Comissão Especializada, sendo, de seguida, arquivada.
Na preparação desta Audição estão envolvidas muitas organizações ligadas à Igreja Católica: Comissões Diocesanas Justiça e Paz de Braga, Aveiro, Portalegre-Castelo Branco e Setúbal; Comissão Justiça e Paz dos Institutos Religiosos; Associação da Imprensa Missionária; Revista “Além-Mar”; Rede Fé e Justiça África-Europa; Pax Christi Internacional; Movimento dos Trabalhadores Cristãos; Movimento dos Focolares; Metanoia; Centro de Reflexão Cristã; Fórum Abel Varzim; Associação dos Professores Católicas; bem como outras entidades, nomeadamente a Amnistia Internacional – secção portuguesa.
A Audição Pública contará com a contribuição de Nuno Severiano Teixeira, Ruy Pereira, Isabel Guerra, Adriano Moreira, António Vitorino e Maria José Morgado, entre outros.
Fonte: Ecclesia

terça-feira, 11 de outubro de 2005

SÍNODO DOS BISPOS: Bispo de Viseu preocupado com quebra de prática dominical

Posted by Picasa D. António Marto D. António Marto na 13ª Congregação Geral: "A pastoral deve oferecer ao homem de hoje o encontro com a beleza da fé"
"1. Urgência Eucarística
O declínio na frequência da Missa dominical é um indício do enfraquecimento da fé e do afecto relativamente à Eucaristia. É por isso que se pode falar de uma “urgência eucarística, já não derivada de um incerteza de fórmulas, mas porque a hodierna práxis eucarística tem necessidade de uma nova expressão de amor a Cristo” (Lineamenta).
2. O caminho da Beleza
Como voltar a despertar o assombro eucarístico, o sentido do maravilhoso perante o mistério da Eucaristia, se não se consegue descobrir a sua beleza? Na cultura pós-moderna, dominada pelo relativismo sobre a verdade e o bem, mas também fascinada pela estética, a beleza é, verdadeiramente, um caminho ou uma porta para redescobrir a Eucaristia como mistério de beleza.
A Eucaristia, de facto, é o maior ícone da beleza de Deus revelada em Cristo, porque é a presença real do “mais belo dos filhos dos homens” (Sl. 45, 3) na totalidade da sua presença de ressuscitado e na plenitude do seu mistério: a beleza do amor que se dá a nós, redimindo-nos e transfigurando-nos, revelando-nos o olhar do Pai que, de maneira permanente, nos cria e nos torna belos e bons. Utilizando palavras de sua Santidade, isto não é só um problema da Teologia, mas também da pastoral, que deve oferecer ao homem de hoje o encontro com a beleza da fé.
3. Eucaristia e Evangelização
Tudo isto implica um projecto de evangelização de ampla respiração contemplativa e missionária, que parte da Eucaristia, para o qual considero essenciais os seguintes pontos:
a) realçar a relação existente entre Eucaristia e as aspirações profundas do coração do homem contemporâneo;
b) partir novamente de Cristo, indo ao coração da fé através do primeiro anúncio;
c) promover a qualidade e a beleza da celebração eucarística como momento privilegiado da evangelização de tipo mistagógico;
d) a Eucaristia é também para o mundo. A assembleia eucarística, além de ser um testemunho público de fé, é ainda portadora de uma cultura eucarística, de atitudes e comportamentos pessoais e sociais: a experiência da fraternidade, do espírito de reconciliação e de paz, a dimensão festiva da vida... são atitudes humanas que configuram uma espiritualidade eucarística, contributo indispensável para construir a civilização da Beleza e do Amor."

SÍNODO DOS BISPOS: Bispo de Coimbra apresenta preocupações com a realidade nacional

Posted by Picasa D. Albino Cleto D. Albino Cleto na 12ª Congregação Geral: "Numa sociedade secularizada, o alimento não basta, é preciso preparar a mesa"
"Penso que deveria resultar deste Sínodo uma palavra de estima e de estímulo comum para com os nossos sacerdotes e os seus colaboradores, que fazem tantos sacrifícios para garantir ao povo de Deus a celebração do Domingo.Neste espírito de pastores vigilantes e de irmãos que ajudam, nós devemos, portanto, estar atentos aos desvios que se acentuam, pelo menos no meu país.
Apresento três tendências, boas em si mesmas, mas nas quais a Eucaristia tende a desviar-se do que ela é - celebração litúrgica e santa do mistério sacramental – para tornar-se um simples serviço religioso.
Em primeiro lugar: a preocupação principal dos padres em garantir a Missa, que os fiéis exigem, negligenciando a qualidade da celebração. Numa sociedade secularizada, o alimento não basta, é preciso preparar a mesa. Mais importante do que colocar a hóstia na mão ou na língua do fiel é fazê-lo com a dignidade que transmite a fé.
Em segundo lugar: no desejo de ser aceites pelas pessoas que nos ouvem, os nossos padres consideram a Eucaristia como uma comunhão na mesa da igualdade. Comprometamo-nos numa catequese na qual a comunhão seja, antes de mais, comunhão com o Cordeiro imolado e oferecido.
Terceiro: multiplicamos as celebrações dominicais que, na ausência de um padre, são presididas por diáconos ou leigos. É uma bênção, mas a facilidade com que se procede à substituição da Missa por estas celebrações preocupa-me.
Seria necessário, pelo menos, que os ritos sejam mais nitidamente diferenciados."
Fonte: ECCLESIA

Um artigo de António Rego, na Ecclesia

Posted by Picasa António Rego Pessoas e ideologias no tribunal popular
As eleições autárquicas têm uma característica no conjunto dos jogos eleitorais: atingindo todos os cidadãos – mesmo os que não votam ou não gostam de política – abrangem, mais que qualquer outra eleição, um elevado número de candidatos. Isto quer dizer que, feitas as contas, há milhares de pessoas no nosso país que foram sujeitas a uma espécie de julgamento popular. Um conforto ou uma ferida no ego, entre os escolhidos e os preteridos. Nem todos tiveram honras nacionais de tribuna mediática nas manifestações de festa ou desagravo. Mas todos sentiram o estremecimento do seu nome nas bocas do povo com a consequente escolha ou rejeição.
As autárquicas revestem-se duma tónica pessoal de estima, que ultrapassa a lógica da astúcia política ou da capacidade mobilizadora das massas. Votar, por isso, é também um acto de afecto.
Aqui surge um problema: preferir o Partido e rejeitar a pessoa que o representa. Ou o contrário. Foi esta a principal clivagem destas eleições que, feitas as contas finais, deram um resultado que se pode explorar e manipular nas direcções de quem ganha e quem perde, criando laudas para os vencedores e desculpas para os vencidos. O discurso político goza destas imunidades.
Tudo pode ser mais perfeito, mesmo em democracia. Com a verdade basilar de que é o cidadão anónimo, com a sua escolha implacável, quem proporciona toda a animação deste complexo jogo de poder. Aqui chegados, e com alguns casos inéditos na escolha de eleitos tecnicamente falidos mas no final vencedores, voltamos ao quotidiano dos pequenos e grandes senhores nos pequenos e grandes locais. O esquema pouco varia e o exercício do poder como acto ético apenas se diversifica quantitativamente. Em substância, estão em causa os mesmos valores.Mas no terreno político há sempre um fio subterrâneo e invisível que se junta a outros para tecer os meandros de nomes, jogos, influências, prestígios. E o contrário: o aniquilamento discreto de concorrentes, adversários ou inimigos políticos. Neste todo parecem cada vez menos decisivas as originalidades ideológicas. Três ou quatro pontos distanciam partidos e concorrentes. Os acessórios políticos, anexados ao afecto, fazem o resto.
O que resta deste todo? O santuário íntimo da consciência dos cidadãos (eleitos) que, cientes das realidades e linguagens do universo político, não vendem os seus princípios ao rodopio de interesses ocultos que por vezes envolvem o universo político.
O povo é sábio. Mas nem sempre está senhor de todos os dados que compõem a complexa teia política. Também na política a formação permanente é geradora de lucidez.

II Concílio Ecuménico do Vaticano

D. Manuel de Almeida Trindade:
“Os ventos conciliares não foram captados em toda a parte
e por todas as pessoas da mesma maneira”

 Em 1962, faz hoje precisamente 43 anos, iniciaram-se em Roma os trabalhos do II CONCÍLIO ECUMÉNICO DO VATICANO, em que tomou parte, desde a primeira sessão, D. Manuel de Almeida Trindade, então Bispo de Aveiro. Sem pretender, aqui e agora, sublinhar a importância deste concílio, que foi, sem dúvida, o maior acontecimento eclesial do século XX, ocorre-me, no entanto, recordar duas ou três passagens de “O Vaticano II no seu tempo”, um testemunho do nosso Bispo Emérito, publicado em Maio de 1984.
Diz D. Manuel, que, “Ao passar agora, não como turista mas como bispo, por entre peças de museu – lápides seculares, vasos etruscos, múmias egípcias, estátuas de mármore que há cerca de dois milénios haviam servido de elementos decorativos nos átrios das casas patrícias ou nos templos de Atenas ou de Roma – ao passar por entre aquelas testemunhas mudas e quedas do passado, tive a sensação de um certo desajuste.
Que a Igreja não queria ser objecto de museu estava hoje ali a prova evidente naquele cortejo de bispos, de arcebispos, de patriarcas e de cardeais que, em fila de quatro, desfilavam pelos corredores do museu a caminho da praça de S. Pedro e da basílica vaticana”.
Depois, D. Manuel evocou grandes liturgistas, biblistas e patrólogos “que já conhecia dos livros” e que iam participar no Concílio, nomeadamente Chenu e Congar, da Ordem dos Pregadores; Carlos Rahner, Henrique de Lubac, Daniélou, da Companhia de Jesus; Rogério Schutz [falecido há pouco] e Max Thurian, da Comunidade de Taizé; e o Professor Óscar Cullmann, “de quem havia lido não só o Pierre, apotre et martyr, mas também a Christologie du Nouveau Testament e Christ et le temps. Este livro levava-o eu na minha bagagem de Padre Conciliar.
Embora não fosse caçador de autógrafos, não me contive, um dia que me encontrei com o célebre professor de Basileia, que não lhe pedisse um autógrafo para o exemplar deste livro, que julgo ser a sua obra mais significativa”.
No final do primeiro dia, o então Bispo de Aveiro escreveu no seu caderno este apontamento: “O Papa impressionou-me pelo ar de modéstia e de piedade que ressalta da sua fisionomia. Uma nota de religiosidade nos penetra a todos. Vê-se bem que não se trata de qualquer congresso ou assembleia parlamentar. O protagonista principal de todo este acto está presente mas é invisível. Só a fé o descortina. É o Divino Espírito Santo. A Ele se dirigem o louvor e as súplicas da celebração eucarística.”
Já no final do seu testemunho, D. Manuel refere que “O Papa João XXIII, optimista por temperamento e por imperativo da fé, falava no início do Concílio de uma nova primavera na Igreja. A verdade é que não era ainda a primavera. Os ventos conciliares não foram captados em toda a parte e por todas as pessoas da mesma maneira.
Há ainda hoje muitas pessoas a propósito de quem se poderia repetir a queixa formulada por S. João Crisóstomo a propósito das Cartas de S. Paulo: nem sequer o número delas conhecem”. E porque decerto haverá muitos católicos nessa situação, aqui fica uma simples proposta: procurem ler, quantos antes, o CONCÍLIO ECUMÉNICO VATICANO II, para então não se ouvir a queixa de S. João Crisóstomo.

Fernando Martins

Papa destaca contributo dos professores de Religião

Posted by Picasa Bento XVI CONTRIBUTO PRECIOSO PARA A FORMAÇÃO DAS NOVAS GERAÇÕES
Bento XVI destacou, no Vaticano, o papel dos professores de Religião na Igreja e na sociedade, considerando o seu trabalho como “um contributo precioso para a formação das novas gerações”.“Caros amigos, o vosso compromisso na escola é um contributo precioso para a formação das novas gerações e para o seu amadurecimento no conhecimento da tradição e da cultura católica, na consciência das responsabilidades pessoais e na adesão aos valores da convivência civil”, disse o Papa a um grupo de professores reunido na Praça de São Pedro, após a oração do Angelus.
Os docentes participaram no I congresso nacional italiano de professores de religião, promovido pela Conferência episcopal do país. Cerca de 700 participantes reflectiram sobre o papel da disciplina de religião católica como “contributo cultural na escola da pessoa”.
Fonte: ECCLESIA