domingo, 28 de agosto de 2005

Um artigo de Sílvio Couto

Andar na estrada e (poder) escapar com vida!
Pela enésima vez temos de reflectir sobre quanto acontece nas estradas – nacionais, auto-estradas (scuts ou a pagar), itinerários (principais ou complementares), camarárias/municipais, nas ruas/avenidas – seja pela circulação de veículos ou de pessoas, seja pelas consequências (muitas delas trágicas) dos muitos e mais variados acidentes.
Em épocas de maior tráfego há campanhas – de prevenção, de repressão ou de acompanhamento – para ver se os efeitos são menos negros ou mortíferos. Pelo Natal/Ano novo, pela Páscoa, nas férias de verão, nas ‘pontes’ entre feriados (nacionais ou locais)... somos chamados a redobrar a atenção porque o tráfego automóvel se intensifica e as manobras perigosas espreitam – sobretudo as dos outros, por que cada um de nós se tem por ser ‘bom condutor’! – em cada canto e, mais não seja, por que as multas são mesmo a doer.
Desiluda-se quem julgava que, com o agravamento das coimas pelas infracções ao ‘código da estrada’ (vigente desde finais de Março), tudo ia ser menos grave ou até mais fácil... no cumprimento das mais elementares regras de convivência/concorrência no asfalto. De facto, muitas das questões poder-se-ão reduzir a ‘problemas de educação’ e essa não se aprende nem com castigos nem com repressão e tão pouco com multas! Por muito que nos custe a todos aceitar: em Portugal conduz-se mal, perigosa e (até) criminosamente.
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DEFESA DA VIDA E LIBERDADE RELIGIOSA

Os temas prioritários da cena mundial, segundo o Conselho Pontifício para a Justiça e a Paz
“Defesa da vida, liberdade religiosa, paz e direitos humanos, são os temas prioritários da cena mundial” - explicou o cardeal Renato Martino, presidente do Conselho Pontifício para a Justiça e a Paz.
O purpurado italiano expôs a sua análise na intervenção sobre o tema "Ao serviço do homem moderno. A doutrina social da Igreja", num debate realizado no "Meeting" organizado pela "Comunhão e Libertação", em Rímini (Itália).
Segundo o cardeal, os âmbitos prioritários do compromisso na sociedade, à luz das exigências evangélicas e das principais necessidades da humanidade, são a vida, a liberdade religiosa, a paz e os direitos humanos. A defesa da vida, desde a sua concepção até à morte natural, e a sua promoção, é “de fundamental importância para a acção dos cristãos no âmbito social” - precisou.

sábado, 27 de agosto de 2005

CRONISTAS PESSIMISTAS

PORTUGAL não está irremediavelmente perdido
Quem no dia-a-dia lê os habituais cronistas da imprensa portuguesa não pode deixar de sentir o pessimismo que por aí vai. Até dá a impressão de que Portugal está irremediavelmente perdido, com uma democracia moribunda e sem salvação possível. Nada mais errado, como é óbvio. A crise económica e política que os portugueses, na sua grande maioria, experimentam é muito igual a outras que os mais velhos bem conhecem e, tal como de outras vezes, haverá sempre uma saída, mais tarde ou mais cedo. Afinal, como diz o velho ditado, depois da tempestade vem a bonança. Dizem alguns cronistas que a crise é como uma doença incurável e que a morte é iminente, dando a entender que não há quem nos salve. Para muitos, todos os políticos que nos governam não passam de uns incompetentes, mostrando-se incapazes de encontrar respostas para os problemas que nos afligem. E raros são os cronistas que mostram paciência para acreditar que as crises, sejam elas quais forem, não se ultrapassam de um dia para o outro. Reconheço que muitos governantes cometem erros (quem os não comete?), que as decisões nem sempre são como as que muita gente espera, que há políticos sem audácia e sem capacidade rápida de decisão, mas também não tenho razões para duvidar da honestidade de quem ocupa os cargos públicos. Há que dar tempo ao tempo, há que acreditar em melhores dias, há que confiar nos que o povo elegeu, há que cooperar, cada um à sua medida, nas propostas positivas do Governo, há que repudiar os que dizem mal de tudo e de todos, há que não alinhar com os que defendem políticas do quanto pior melhor, há que insistir na defesa da perenidade de Portugal multissecular. Fernando Martins

Mar da Praia da Barra

Posted by Picasa Mar da Praia da Barra Um poema da António Ramos Rosa O MAR
Ondas que descansam no seu gesto nupcial
abrem-se caem
amorosamente sobre os próprios lábios
e a areia
ancas verdes violetas na violência viva
rumor do ilimite na gravidez da água
sussurros gritos minerais inércia magnífica
volúpia de agonia movimentos de amor
morte em cada onda sublevação inaugural
abre-se o corpo que ama na consciência nua
e o corpo é o instante nunca mais e sempre
ó seios e nuvens que na areia se despenham
ó vento anterior ao vento ó cabeças espumosa
só silêncio sobre o estrépito de amorosas explosões
ó eternidade do mar ensimesmado unânime
em amor e desamor de anónimos amplexos
múltiplo e uno nas suas baixelas cintilantes
ó mar ó presença ondulada do infinito
ó retorno incessante da paixão frigidíssima
ó violenta indolência sempre longínqua sempre ausente
ó catedral profunda que desmoronando-se permanece!
In Facilidade do Ar
Lisboa, Caminho, 1990

sexta-feira, 26 de agosto de 2005

GAFANHA DA NAZARÉ: Festa da Padroeira

Posted by Picasa Igreja matriz da Gafanha da Nazaré AS FESTAS APROXIMAM AS PESSOAS
Este fim-de-semana vai ser de festa rija na Gafanha da Nazaré, em honra da Padroeira, Nossa Senhora da Nazaré. À volta da igreja matriz já não faltam as tendas, grandes e pequenas, de comerciantes e diversões, que aproveitam os festejos tradicionais para colaborarem na animação. Mas a festa em honra da Padroeira não é, nem pode ser, apenas isto, já que nem só de animações profanas vivem as pessoas. A parte religiosa tem de ter um espaço próprio e condigno, sem se deixar absorver pelas diversões, também importantes. Quem olha para os cartazes, lá pode ver que há celebrações eucarísticas, uma das quais, a das 11 horas de domingo, será solenizada, e a tradicional procissão que percorre um itinerário bastante conhecido. As festas são (como sempre foram, aliás) um excelente motivo para aproximar as pessoas. E se pensarmos que é no mês de Agosto que os emigrantes vêm à terra natal e que nesta época também muitos gafanhões gozam as suas merecidas férias, então mais razões teremos para sublinhar a importância dos festejos em honra de Nossa Senhora da Nazaré. Embora, por temperamento, não seja muito dado a festas, não posso deixar de reconhecer que nelas se proporcionam encontros entre pessoas que já não se viam há muito tempo, que há convívios entre famílias que aproveitam a circunstância para se reunirem e que a alegria e a reflexão partilhadas em torno de Nossa Senhora da Nazaré podem ajudar a afugentar o stresse e a recriar amizades. Claro que estas festas também têm, por vezes, os seus exageros, a meu ver: há foguetes a mais, nem sempre os artistas convidados se adequam a um ambiente que não pode dispensar o religioso, e que por vezes se esquecem programas culturais, que seriam uma mais-valia para a formação integral do povo. Fernando Martins

Exposição no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré

Posted by Picasa
Paulo Oliveira expõe pintura Até ao dia 5 de Setembro, vai estar patente ao público, no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, uma exposição de pintura do artista gafanhão Paulo Oliveira, que tem participado em inúmeras colectivas, na região e não só. Por exemplo, a sua arte já foi apreciada no “Mercado Ferreira Borges”, no Porto, na Ciudad Rodrigo, em Espanha, no Centro “George Pompidou”, em Paris, e em Santa Cruz de Tenerife, nas Canárias, entre outras cidades. Paulo Oliveira desde cedo mostrou tendência para as artes, o que o levou a frequentar alguns cursos. A partir daí, e para além das exposições em que a sua pintura tem sido apreciada, tem colaborado na ilustração de livros e jornais, e elaborado cartazes, capas de discos e cenários. Em concursos, foi galardoado com o 1º prémio dos Jovens Criadores da Câmara Municipal de Lisboa (1989), 1º prémio do logótipo da Associação de Diabéticos do Concelho de Ílhavo, 2º prémio dos Jovens Artistas da Câmara Municipal de Aveiro (1988) e 2º prémio do Logótipo da ADIG (1994). Os trabalhos patentes na exposição do Centro Cultural, que bem merecem ser vistos por toda a gente que reside ou passa pela Gafanha da Nazaré, mostram temas regionais, elaborados a partir de diversos materiais e utilizando técnicas várias. Os preços são acessíveis. F.M.

quinta-feira, 25 de agosto de 2005

Sampaio defende limpeza coerciva das florestas

Posted by Picasa Presidente Sampaio COIMAS PARA QUEM NÃO LIMPA A FLORESTA
Governo quer aumentar as coimas para quem não limpa a floresta. O custo do combate ao fogo em zonas que não forem limpas e arderem pode também passar a ser imputado aos proprietários desses terrenos. Estas medidas de prevenção estão a ser equacionadas e deverão constar no Plano de Protecção da Floresta contra os Incêndios, que será apresentado até ao final de Setembro. Ontem, o Presidente da República defendeu a limpeza coerciva das florestas e um debate urgente sobre o tema.
"Está a chegar o momento de equacionar a aplicação do princípio da obra coerciva à limpeza das florestas, tal como acontece com os prédios nos aglomerados urbanos", disse Jorge Sampaio durante mais uma visita ao Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil. O Presidente considerou ainda que esta medida não deve tardar, pois os danos causados pelos fogos não são compatíveis "com a ausência da capacidade de intervenção junto dos que são proprietários e não cuidam da floresta que têm a seu cargo".
A obrigação de limpar uma faixa de 50 metros em redor das habitações e outra de 100 junto a aglomerados populacionais já consta na lei aprovada no final de Julho de 2004, durante a reforma da floresta lançada pelo ex-ministro Sevinate Pinto. No artigo 16.º do DL 156/2004, prevê-se a redução do risco de incêndio através da remoção da carga combustível. A coima aplicada por este incumprimento oscila entre os 100 e os 44 500 euros.
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