sexta-feira, 5 de agosto de 2005

Projecto ORBIS da Diocese de Aveiro chega ao Amazonas

No silêncio barulhento das águas do Rio gigante
Enquanto o silêncio toma conta do convés, vou recordando como cheguei aqui. De África, passou um ano, a Missão volta e desta vez, para a Amazónia. O desconhecido toma conta de mim a par com outras coisas que me ajudam a seguir adiante: os companheiros de missão, o espírito salesiano que nos vai acolher, o nome de Aveiro e da sua Igreja que actua no meio dos mais pobres.
Chegámos ao Brasil via S. Paulo. Voo longo e tranquilo. De lá apanhamos ligação para Manaus, a cidade capital da selva – a Amazónia. Chegámos à meia-noite local. A trovoada era omnipresente, via-se a toda a hora no céu, mas apenas lá para cima, como que num espectáculo de fogo de artifício silencioso. Durante uma semana ficámos lá, conhecemos o meio. Depois seguimos viagem. Destino Belém, no Estado do Pará, o mais português do Brasil. Para chegar lá, teríamos de apanhar um barco, daquele tipo Vapor. O nosso era-o mesmo e tinha sido convertido, descobri a bordo mais tarde, em 1950, o “Santarém”, cruzador da Amazónia já era um navio velho.
Teríamos de atravessar o Rio Amazonas, de uma ponta à outra. Percorrer 925 milhas que separavam as duas cidades, pelo meio atravessar a selva, ver, perceber e aprender algumas coisas, misturarmo-nos com as pessoas, ser delas, com elas. Ser missionário também é isto, estar com, viver com, partilhar. Ter com-paixão por, no sentido lato da palavra: ter paixão por… Enquanto escrevo estas linhas, enquanto navego num qualquer barco cruzando o imenso Rio Amazonas, é nisto que penso e é nisto que a caneta vai discorrendo.Estou deitado numa rede, no convés de um barco: “O Santarém”. Vamos para Oeste, é noite. O Cruzeiro do Sul acompanha-nos e orienta-nos no meio de um rio que mais parece o Mar.
(Para ler mais, clique ECCLESIA)

PRÉMIOS para trabalhos sobre a situação da mulher

Posted by Picasa PRÉMIOS 2005
Abertura de Candidaturas até 30 de Novembro de 2005.
As Organizações Não Governamentais do Conselho Consultivo da Comissão para a Igualdade e para os Direitos das Mulheres abrem o concurso para os seguintes prémios. PRÉMIO
MULHER INVESTIGAÇÃO 2005 CAROLINA MICHAELISDE VASCONCELOS
para o melhor estudo de investigação e análise da situação das mulheres em Portugal. PRÉMIO
MULHER DIVULGAÇÃO 2005 ELINA GUIMARÃES
para o melhor estudo de divulgação da situação das mulheres em Portugal publicado ou transmitido nos órgãos de comunicação social portugueses. PRÉMIO
MULHER REPORTAGEM 2005 MARIA LAMAS
para o melhor trabalho de reportagem individual ou colectivo, sobre a situação das mulheres em Portugal publicado na imprensa nacional ou regional. Regulamentos disponíveis em:
www.ongcccidm.blogspot.com www.cidm.pt

JÚLIO PEDROSA: Embaixador do Hospital de Aveiro

Posted by Picasa Júlio Pedrosa Júlio Pedrosa é o novo rosto do Hospital de Aveiro
Júlio Pedrosa, antigo ministro da Educação e reitor da Universidade de Aveiro, é o novo «Embaixador de boa-vontade» do Hospital Infante D. Pedro (HIP). Aceite o convite formulado pela administração hospitalar, o docente universitário terá como missão «colaborar com a instituição na realização de contactos com a comunidade», revelou Álvaro Castro ao Diário de Aveiro.
O presidente do Conselho de Administração do HIP anunciou que uma das tarefas de Júlio Pedrosa é «tentar angariar mecenas que estejam dispostos a contribuir com a atribuição de donativos em dinheiro ou em espécie para o crescimento e melhoria das instalações» da unidade de saúde aveirense.O actual presidente do Conselho Nacional de Educação funcionará também como Provedor do Utente, recebendo eventuais queixas dos doentes sobre o funcionamento do hospital. «Mas isso não anula os mecanismos normais de reclamação», assegurou Álvaro Castro.
(Para ler mais, clique Diário de Aveiro)

Bíblia mais antiga do mundo na Internet

Posted by Picasa "Codex Sinaiticus" pode ser uma cópia da Sagrada Escritura encomendada pelo imperador Constantino, depois da sua conversão ao cristianismo
A cópia mais antiga do Novo Testamento vai poder ser consultada na Internet por causa do trabalho de uma equipa de especialistas da Europa, do Egipto e da Rússia.
O trabalho de digitalização do manuscrito, conhecido como "Codex Sinaiticus", já está a ser executado.
Acredita-se que o "Codex Sinaiticus", escrito em grego arcaico, seja uma das 50 cópias das Sagradas Escrituras encomendadas pelo imperador romano Constantino (séc. IV), depois da sua conversão ao Cristianismo.
A Bíblia está, na sua maior parte, na Biblioteca Britânica, em Londres. "É um manuscrito muito especial, diferente de todos os outros", diz Scot McKendrick, chefe do Departamento de Manuscritos Medievais e Antigos da Biblioteca Britânica. "Em cada uma das longas páginas, de aproximadamente 34 a 37 centímetros, o grego utilizado está escrito em quatro colunas. Esse é um aspecto distintivo e fascinante dos códices: mostra como se desenvolveu o texto bíblico em certo período, como era interpretado naqueles anos cruciais do Cristianismo”, precisou McKendrick em declarações à cadeia BBC.
O projecto de digitalização é muito significativo por causa da raridade e da importância do manuscrito. O documento original é tão precioso que foi visto por apenas quatro estudiosos nos últimos 20 anos.
O "Codex Sinaiticus" contém algumas passagens do Antigo Testamento e todo o Novo Testamento. Acredita-se que tenha sido escrito no mosteiro de Santa Catarina, perto do monte Sinai, no Egipto.
O documento ficou no local até ao século XIX, quando um estudioso alemão, Constantin von Tischendorf, levou partes do manuscrito para a Alemanha e para a Rússia. O mosteiro considera que o "Codex" foi roubado.
Estima-se que serão necessários cerca de quatro anos até que todo o "Codex" seja colocado na Internet. Este tempo será usado para "fotografar o manuscrito, conservá-lo, transcrevê-lo e transformá-lo em um formato electrónico.
A Biblioteca Britânica também vai criar um site para disponibilizar o manuscrito ao público.
"O site vai apresentar o manuscrito como ele realmente é e também as interpretações para diferentes leitores, desde estudiosos até pessoas que não são especializadas no assunto, mas têm curiosidade em ver o documento e entendê-lo", diz McKendrick.
Fonte: ECCLESIA

JUSTIÇA: Provedor quer apoios sociais para imigrantes

O Provedor de Justiça, Nascimento Rodrigues, recomendou ao Governo que atribua o abono de família e outras prestações sociais aos imigrantes com autorizações de permanência. A recomendação do Provedor de Justiça ao ministro do Trabalho e da Solidariedade Social surgiu após várias queixas de estrangeiros com autorizações de permanência (AP), que foram excluídos da atribuição das prestações familiares, como o abono de família e de prestações de solidariedade como o rendimento social de inserção. Nesse sentido, Nascimento de Rodrigues aconselha o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social a rever as normas internas seguidas pelos serviços da Segurança Social ou, caso se revele necessário, a promover uma alteração legislativa nesse sentido.
O Provedor de Justiça considerou "uma discriminação injustificada" que os filhos dos estrangeiros com AP sejam excluídos das prestações do abono de família. Para Nascimento Rodrigues, os cidadãos estrangeiros detentores de autorizações de permanência têm direito aos subsistemas de protecção e de solidariedade social porque são "objecto de deveres para com o Estado", que os obriga a pagar impostos e contribuições para a Segurança Social.
Autorização de Permanência é um título válido por um ano emitido pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras mediante a apresentação de um contrato de trabalho.
Fonte: Mensário SOLIDARIEDADE

FÁTIMA: Peregrinação Internacional em 12 e 13 de Agosto

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Mons. Laurindo Guizzardi, bispo de Foz do Iguaçu, responsável pela Pastoral dos Brasileiros no Exterior, do departamento de Mobilidade Humana da Conferência Nacional dos Bispos Brasi-leiros, preside às celebrações da Peregrinação Internacional de Agosto 2005 - Peregrinação do Migrante e Refugiado.
O tema escolhido para a Peregrinação, proposto pela Obra Católica Portuguesa de Migrações, – “O diálogo intercultural fecunda uma sociedade integrada” – foi inspirado na mensagem deixada por João Paulo II: ir além da tolerância, pelo diferente, o outro, o estrangeiro, o imigrante, o refugiado.

quinta-feira, 4 de agosto de 2005

Um artigo de Francisco Sarsfiel Cabral, no DN

Posted by Picasa Sarsfiel Cabral Municípios
Defendi aqui recentemente uma maior margem de actuação para os presidentes de câmaras em matéria de lançamento de impostos, para assim os responsabilizar politicamente. Informa-me a Associação Nacional de Municípios Portugueses que essa possibilidade já existe, mas está bloqueada. De facto, a actual Lei das Finanças Locais prevê no seu art.º 4º a atribuição de "poderes tributários" aos municípios. Simplesmente, a lei devia ter sido regulamentada no prazo de seis meses - mas já passaram sete anos e a regulamentação continua por concretizar, "apesar das sucessivas insistências da ANMP". É uma desgraça típica da nossa terra fazer excelentes leis que depois não se regulamentam e por isso não vigoram. E quando existem a lei e a regulamentação, muitas vezes não se cumprem - o que já levou o Presidente da República a ironizar dizendo que as leis têm mero valor indicativo em Portugal.
Esclarece ainda a ANMP que as receitas municipais ligadas à construção civil são apenas 22% da receita global. E que as transferências do Orçamento do Estado representam 35% dessa receita. Aí não se incluem, porém, receitas como o imposto municipal sobre veículos, que os autarcas recebem mas são decididas pelo poder central.
Congratulo-me com a vontade da ANMP de os autarcas disporem de mais poderes tributários. Essa é uma das vias para a democracia local recuperar o prestígio que já teve entre nós. Mas convirá, como propõe Medina Carreira, distinguir entre municípios grandes e populosos, que deveriam ter larga autonomia fiscal e depender pouco de transferências, e municípios mais pobres e com menos gente, onde as transferências seriam o grosso das receitas. Isto sem prejuízo da necessidade de agrupar muitos dos mais trezentos municípios que temos. Um número que já não faz sentido.