sábado, 30 de julho de 2005
Para viver em paz
Conselhos morais
Ouve, vê e cala,
e viverás vida folgada:
tua porta cerrarás,
teu vizinho louvarás;
quanto podes não farás,
quanto sabes não dirás,
quanto vês não julgarás,
quanto ouves não crerás,
se queres viver em paz.
Seis coisas sempre vê,
quando falares, te mando:
de quem falas, onde e quê,
e a quem, como e quando.
D. João Manuel (séc. XV)
POSTAL ILUSTRADO
sexta-feira, 29 de julho de 2005
VERÃO: Oportunidade para o turismo religioso
Aveiro: Museu de Santa Joana
A religiosidade popular acompanha
sempre a Igreja Católica
Num momento em que está cada vez mais saturado o mercado do chamado turismo “sol e praia” parece existir um interesse renovado pelas práticas turísticas que atendem à marca do religioso, envolvendo o conhecimento do património construído, das culturas locais e regionais, com as suas festas e romarias tão típicas do Verão.
A religiosidade popular (conjunto de práticas simbólicas de raiz popular) é um facto que acompanha a vida da Igreja Católica (aqui escolhida na sua qualidade de religião mais representativa no nosso país) e que a acompanhou durante todos os séculos. Trata-se de expressões, gestos, atitudes, que expressam uma relação pessoal com Deus: beija-se a cruz, percorre-se a Via Sacra, participa-se numa peregrinação, ajoelha-se diante do túmulo de um mártir ou um santo, conservam-se restos do seu corpo ou dos seus vestidos. No caso português é esta religiosidade que, sob uma aparente unidade enraizada no catolicismo, manifesta mais fielmente a pluralidade da sociedade portuguesa na vivência do sagrado.
Habitualmente a religiosidade popular afirma-se em contraposição à oficial, sendo entendida por muitos como uma forma híbrida, isto é formas inadequadas de entender e praticar a religião oficial. Em Portugal, por exemplo, as crenças populares incluem, ainda hoje, um conjunto de crenças e gestos mágicos oriundos do paganismo celta.
É difícil precisar onde foram os portugueses encontrar este “imaginário”, este “fantástico”, este culto do sagrado, com uma estruturação rigorosa de espaço e do tempo e onde avultavam as grandes festas da Primavera e do Outono. É neste contexto de assimilação das crenças e antigos ritos pagãos, que se perpetuaram ao longo dos séculos na tradição oral, que se deve buscar a origem da maior parte dos ritos e crenças que definem a religiosidade popular.
As festas populares, manifestações colectivas, as crenças e ritos de devoção particular são as grandes marcas da religiosidade popular no nosso país. Nas festividades populares, com ou sem relação com o ritual oficial e, muitas vezes, com origem em cultos naturalísticos, é possível encontrar manifestações particulares, por vezes, com carácter mágico.
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Diocese de Aveiro: Jovens em férias missionárias
Missões, cá vamos nós!
Os jovens da diocese que vão viver uma experiência missionária durante o Verão estão de partida. Aliás, três já partiram em direcção ao Brasil, mais concretamente para Belém do Pará. O restante grupo viajará dentro de dias para Maputo, Moçambique, e depois será repartido por várias regiões desse país sul-africano.Num dos últimos sábados antes da partida, os “jovens missionários” reuniram-se no Centro Universitário para acertarem alguns pormenores e partilharem as actividades de animação missionária que desenvolveram em várias paróquias a propósito da experiência missionária que vão viver.
A Sónia é uma das jovens que vai para Moçambique. Em Lombomeão (Vagos), onde vive, participou num sarau missionário feito de testemunhos, uma encenação e uma apresentação multimédia sobre “Tanta coisa para fazer e tão pouco tempo”. “Eu disse ‘Vou partir’ e bateram-me palmas”, relata, impressionada com a sensibilidade e generosidade das pessoas que, num lugar pequeno, ofereceram mais de trezentos euros para as missões, na missa do domingo seguinte. Iniciativas similares ocorrerem em Covão do Lobo, de onde provém o jovem Víctor Miranda.
Na paróquia de Esgueira, que em Abril realizara um festival juvenil de música, dança e teatro sobre a missão, a sensibilização missionária centrou-se agora num encontro que reuniu jovens do 11o (ano do Crisma) e 12º anos e na “missa dos jovens” de sábado à tarde. Kátya e Catherine, as duas jovens desta paróquia que vão para Moçambique, referem que tiveram bom feed-back. “‘Vão e venham para nos contar’ – foi o que nos pediram, na missa”, diz Kátya. Catherine acrescenta: “Os miúdos ficaram muito entusiasmados. Pode ser que venham de lá mais missionários”.
Maria Machado não é da diocese de Aveiro, mas integra o grupo. Vive em S. João da Madeira (diocese do Porto), mas conheceu as experiências missionárias e o SDAM (Secretariado de Diocesano de Animação Missionária), que as promove, por frequentar a Universidade de Aveiro. Na sua terra, além de uma Eucaristia na véspera do dia do Corpo de Deus e um sarau missionário, houve um grupo que se voluntarioue recolheu fundos pelas empresas da região. Resultado: mais de dois mil euros para ajudar as missões.
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REGATA DOS MOLICEIROS
MOLICEIROS unem a Torreira
a Aveiro
Queremos lembrar que amanhã, sábado, 30 de Julho, se realiza mais uma edição da tradicional Regata dos Moliceiros, entre a Torreira e Aveiro. É uma oportunidade única para participar ou acompanhar esta corrida de Barcos Moliceiros e um momento de excepcional beleza.Este ano, o programa tem novos aspectos que pretendem trazer mais participação a esta festa dos Amigos da Ria e do Barco Moliceiro.
Participa na celebração religiosa e traz o teu barco à “cerimónia da Bênção das Embarcações”, vem degustar uma boa sardinhada ao almoço e um porco no espeto ao lanche, vem participar no foto-safari.
Com início, amanhã, às 9.30 horas, na praia da Ria “Monte Branco”, meia milha a sul do café “Guedes”, na Torreira, vem fazer a tua inscrição e traz muitos amigos.
O convite da Associação dos Amigos da Ria e do Barco Moliceiro aqui fica, com votos de boa viagem.
quinta-feira, 28 de julho de 2005
Neste mar à minha frente...
Frederik Hendrik Kaemmerer
Neste mar à minha frente /
O sol repousa e os nossos olhos dormem...
E este calor que dimana da terra e nos confunde com ela,
Nos aquece as pernas de encontro à areia, numa vida exterior
Com mais sangue que a nossa e, sobretudo, cheia
Duma inconsciência que se não parece com nada,
Esta respiração pausada como as ondas, de trás para diante
Fazendo, lentas, e desfazendo
A mesma curva, humaníssima e sensível,
Faz-me escrever, devagar, e com letra de menino pequeno
Sobre o chão acamado, esta palavra.
AMOR.
António Pedro
(Foto e texto, In site da Comissão Episcopal da Cultura)
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