quarta-feira, 22 de junho de 2005

VISITAS AO FAROL

Posted by Hello Farol da Barra de Aveiro Horizontes únicos
Quem vai ao cimo do Farol da Barra de Aveiro, em dia claro, pode contemplar horizontes únicos. A mais de 60 metros de altura, os nossos olhos podem apreciar toda uma vasta região dominada pelo mar e pela ria, como nunca pode ser vista por quem quem anda mais cá por baixo.
Ora essa possibilidade de muitos verem o que nunca viram está agora ao alcance de todos. Para isso, só têm que se inscrever junto da Associação dos Amigos da Praia da Barra, pelo telefone 234 390 6oo. As visitas são às segundas-feiras, das 14.30 às 16.30, mas as inscrições, gratuitas, terão de ser feitas até à sexta-feira anterior.
Se nunca visitou o Farol, aproveite esta oportunidade.

Um artigo de António Rego

A esperança como choque
Há conjunturas que, por si mesmas, sem dramatizações políticas ou ideológicas, podem conduzir a uma espécie de depressão colectiva. A dupla insegurança - social e económica - exibida com maior ou menor razão nos últimos tempos, associada a um desaire europeu cujos efeitos reais ainda se desconhecem, parece ter colocado o país numa cadeia de descontentamentos acumulados que começam a traduzir-se em manifestações e greves. Mudaram os posicionamentos de analistas perante um Governo que se movimentava, até há pouco, imune a críticas. Dum momento para o outro, parece estar contra todos, colocando o país inteiro contra si próprio.
A tudo isto se soma uma espécie de desgosto ou desencanto popular, perante tantos desaires políticos, recentes, que permitiram uma aberta de uma esperança irremissível e sem margem de erro. Que agora parece em choque.
A pergunta que se coloca é esta: trata-se dum estado de alma momentâneo, dum solavanco abrupto no barco que se endireita na próxima onda, ou de uma vaga de fundo que começa a aceitar, sem indulgência, a ideia dum país ingovernável quando um Governo decide afrontar situações de instalados que tudo discutem excepto a hipótese de serem tocados nos seus privilégios?
Emerge uma dúvida inquietante: se o que salva o país é uma tenaz esperança ou, pelo contrário, uma descrença declarada sobre o rumo que o Governo vem a tomar. Por outras palavras: estamos perante uma encenação monumental de crises para justificar o choque de agravamento de impostos e penosas medidas sociais, ou com uma terapêutica de choque face à doença económica dum país tecnicamente falido que já não sabe a quem mendigar?
A Europa é o nosso continente e Portugal o nosso país. Se não amarmos o que somos, não nos amamos a nós mesmos. E possivelmente é essa aprendizagem que importa assumir, reconhecendo o preço que isso acarreta para todos.

terça-feira, 21 de junho de 2005

HERA em acção

Posted by Hello
Por iniciativa da HERA, uma asociação com muitas preocupações ambientais, vai realizar-se, manhã e quinta-feira, uma acção denominada "Coast Watch", que mais não é do que uma saída de campo às dunas da Barra e Costa Nova, devidamente acompanhada por uma bióloga.
As inscrições custam 5 euros, sendo garantido o fornecimento de material didáctico, transporte e certificado de participação, no final.
Os insteressados podem telefonar para 969 145 152.

Um poema de Ruy Belo

Posted by Hello E tudo era possível Na minha juventude antes de ter saído da casa de meus pais disposto a viajar eu conhecia já o rebentar do mar das páginas dos livros que já tinha lido Chegava o mês de maio era tudo florido o rolo das manhãs punha-se a circular e era só ouvir o sonhador falar da vida como se ela houvesse acontecido E tudo se passava numa outra vida e havia para as coisas sempre uma saída Quando foi isso? Eu próprio não o sei dizer Só sei que tinha o poder duma criança entre as coisas e mim havia vizinhança e tudo era possível era só querer

"Educar para a diferença"

Uma obra que aborda "alguns aspectos particulares da educação no mundo contemporâneo, seja na escola seja na família"
Uma obra que aborda “alguns aspectos particulares da educação no mundo contemporâneo, seja na escola seja na família” – disse à Agência ECCLESIA um dos autores do livro – “Educar para a diferença” – lançado dia 17 deste mês no Centro Regional de Braga da Universidade Católica Portuguesa (UCP). João Duque é um dos pais, juntamente com Olga Fernandes Duque, desta obra que reflecte sobre o papel da religião na educação, a educação sexual e a educação ecológica. O capítulo inicial é “mais fundamentador”, uma espécie de discussão de “paradigmas pedagógicos tradicionais e até alguns modernos” – refere João Duque.
Com sete capítulos e cerca de 150 páginas, este livro aborda a educação em múltiplos aspectos. Uma obra sobre “a teoria da educação” apesar de fazer a aplicação “dessa teoria em casos mais concretos” – mencionou João Duque. Uma tentativa de abordar a educação e os desencontros na perspectiva da cultura actual. O livro – o primeiro da Colecção Societas – é uma proposta educativa” anti-individualista”. Um combate ao individualismo com bases num trabalho “de fundo e de pormenor na educação das gerações mais jovens”. Um labor que deve ter o assentimento dos educadores.
(Para ler mais, clique aqui)

“AVEIRO JOVEM CRIADOR – 2005”

Posted by Hello Aveiro: Canal Central
Para jovens dos 18 aos 30 anos “AVEIRO JOVEM CRIADOR – 2005” é uma iniciativa da Divisão de Juventude da Câmara Municipal de Aveiro, orientada para os jovens dos 18 aos 30 anos de idade, abrangendo as áreas de Pintura, Escrita, Fotografia e Arte Digital. O concurso tem como principais objectivos promover a participação de todos os jovens artistas nas diferentes áreas, bem como o reconhecimento pelo público de novos talentos.
As candidaturas deverão ser apresentadas de 29 de Agosto a 8 de Outubro de 2005, e as fichas de inscrição devem ser entregues na Casa Municipal da Juventude, de segunda-feira a sábado, das 9.30 às 19 Horas.
Importa salientar que os concorrentes podem participar com trabalhos em mais do que uma área. (Para mais informações, clique aqui)

Um artigo de Sarsfield Cabral, no DN

UE barata
Em vez de debater a crise política da UE, o último Conselho Europeu concentrou-se nos dinheiros para 2007-13. Falhou porque Blair não aceitou a armadilha de Chirac quanto ao reembolso britânico - reduzi-lo, sem tocar na "vaca sagrada" da Política Agrícola Comum. Blair quis mostrar que Chirac e Schroeder já não comandam a UE. E que há outras maneiras de olhar a integração europeia vem aí a presidência britânica.
Antes, seis países tinham exigido que o orçamento comunitário não fosse superior a 1% do PIB da UE. Ora esta insistência numa Europa barata, mesmo alargada a 25, indicia fraco empenho numa integração bem sucedida de países mais pobres. O princípio da coesão económica e social, consagrado quando Portugal e Espanha aderiram à CEE, fica assim sem grande conteúdo prático. Os principais sacrificados da ausência de solidariedade europeia serão os novos Estados membros. E já ninguém se atreve a falar em federalismo fiscal, que tão útil seria para o bom funcionamento da zona euro. É que um maior orçamento comunitário deveria levar a compensar automaticamente, com menores impostos (por diminuírem os rendimentos) e maiores despesas (subsídios de desemprego, por exemplo), os países em crise, que não podem desvalorizar por estarem na moeda única.
Quanto a Portugal, receber menos fundos de Bruxelas não parece dramático. Os fundos foram úteis quando financiaram necessidades evidentes. Hoje, as vantagens deste dinheiro fácil já talvez não compensem os seus efeitos perversos investimentos feitos só para aproveitar fundos, promoção de uma atitude subsídiodependente, corrupção, etc. Aliás, investimos mais do que a média europeia. O nosso problema é a fraca qualidade desse investimento. E os juros até estão baixos - o crédito é acessível para quem quiser investir.