O presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz (CPJP), Cardeal Renato Martino, estará no Brasil para presidir ao lançamento do Compêndio da Doutrina Social da Igreja em língua portuguesa.
O lançamento acontece em cinco cidades brasileiras. No dia 20 de Junho, o lançamento será na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, na Gávea. No mesmo dia, em Salvador, no campus da Universidade Católica, em Pituaçu. Depois, noutras cidades brasileiras.
O “Catecismo Social” da Igreja Católica é um documento sem precedentes na história da Igreja, que apresenta uma explicação sistemática e oficial dos princípios católicos sobre questões como os direitos humanos, a guerra, a democracia, a vida económica, a comunidade internacional, o terrorismo ou a ecologia.Este foi um pedido explícito do Papa João Paulo II ao Conselho Pontifício Justiça e Paz, em 1998, a quem encomendou um "compêndio ou síntese autorizada da Doutrina Social católica" que mostrasse a conexão entre esta e a Nova Evangelização.
A síntese da Doutrina Social da Igreja (DSI) destina-se a Bispos, sacerdotes, leigos – sobretudo aos políticos, empresários e sindicalistas -, mas também a fiéis de outras religiões e a todos os “homens de boa vontade que desejam servir o bem comum”, como refere o prefácio do documento.
Após uma Introdução, a obra está dividida em três partes, que abordam os fundamentos, os conteúdos e as perspectivas pastorais dos ensinamento da Igreja nos domínios sociais, políticos, económicos e morais.
A primeira parte tem quatros capítulos, onde se tratam os pressupostos fundamentais da Doutrina Social: o projecto de Deus para o homem e a sociedade; a Missão da igreja e a Natureza da DSI; a pessoa humana e os seus direitos; os princípios e os valores da DSI.
A segunda parte, composta por sete capítulos, apresenta os conteúdos e os temas clássicos da DSI: a família, o trabalho, a economia, a política, a paz e o ambiente.A última parte, mais breve, apresenta um único capítulo com uma série de indicações para a utilização da DSI na acção pastoral da Igreja e na vida dos cristãos. A Conclusão, intitulada “Por uma civilização do amor”, exprime o entendimento de fundo de todo o documento.