quarta-feira, 2 de março de 2005

Portugal é um dos países ricos com taxas
de pobreza infantil "excepcionalmente altas" Andreia Sanches publica no PÚBLICO um artigo que reflete uma análise que nos deve fazer pensar. Baseia-se num Relatório da Unicef, ontem divulgado, onde se diz que 15,6 por cento das crianças portuguesas vivem em agregados pobres. e sublinha, depois, que a pobreza infantil tem vindo a aumentar nos países ricos. Em Portugal, atinge uma em cada seis crianças. Clique aqui para ler e depois ofereça-me a sua opinião por e.mail (rmartins38@yahoo.com.br), para a partilhar com os meus leitores.
VELHA GANGRENA é o tema do Editorial do PÚBLICO, assinado por José Manuel Fernandes. Diz ele que "Não vale a pena negar: o poder local é especialmente propício à corrupção. Mas se não chega denunciá-lo em abstracto, é pior fingir que se ignoram as evidências". Será tanto assim? O leitor leia e diga qualquer coisa.
PORTO - Uma cidade que vale a pena visitar Sé do Porto
O Porto, para mim, é sempre uma cidade que vale a pena visitar. As marcas do muito antigo, que casam bem com o presente, oferecem-me um gosto especial. Estive lá ontem e dessa visita hei-de deixar por aqui algumas pinceladas, por estes dias.
A foto que mostro, do frontal da Sé, é um desafio a todos os meus leitores para que passem por lá, num dia de folga. Dali divisa-se um panorama único, e a Sé, dos primeiros séculos da nacionalidade, exibe a fé e a religiosidade das gentes do burgo onde a aristocracia só podia entrar com autorização. E ficar, ficar mesmo, somente três dias.
F.M.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2005

Apostolado do Mar em encontro ibérico


Clube Stella Maris de Aveiro, na Gafanha da Nazaré

Está a decorrer, desde hoje até 2 de Março, no clube "Stella Maris" de Leça da Palmeira (Matosinhos), o III Encontro Ibero-Francês do Apostolado do Mar, subordinado ao tema "Educar a afectividade da família do mar". Esta iniciativa tem por finalidade partilhar e reflectir a vivência da religiosidade popular, no contexto marítimo português. 
Devoções, procissões, ex-votos, arte popular, tradições a cair em desuso, registos e superstições, de tudo se falará um pouco neste encontro. Certamente não serão esquecidas, também, as novas realidades ligadas às pescas, impostas pela UE, que muito têm afectado as zonas piscatórias e as suas gentes, com as quais se tem preocupado o Apostolado do Mar, em especial através dos clubes "Stella Maris". 
Os encontros anteriores tiveram lugar em Orense (Espanha), em 2003, e em Bayonne (França), em 2004. Uma delegação do Apostolado do Mar da Diocese de Aveiro participará, amanhã, no III Encontro Ibero-Francês, do qual daremos nota das conclusões que sobressaírem no final dos trabalhos.

Matriz Gafanha da Nazaré reinaugurada em Abril

Quem passa pela Avenida José Estêvão, na Gafanha da Nazaré, não pode deixar de constatar que a igreja matriz está em obras há meses, apresentando um aspecto de total remodelação. No entanto, essa remodelação respeita a traça original, o que lhe confere uma mais-valia, pois não foram ofendidas as marcas das construções dos templos do início do século XX, nesta região. 
Pelo que já se vê, trata-se de um trabalho que indicia muito cuidado e muito bom gosto, com total respeito pelos que, em 1912, com muita alegria, inauguraram a nova igreja matriz da paróquia, que havia sido criada em 1910, tendo como primeiro prior um gafanhão, padre João Ferreira Sardo. Tudo aponta para que a inauguração do remodelado templo seja em Abril deste ano.

Silêncio de ouro de Sócrates

José Sócrates
Estávamos habituados a saber, pela comunicação social, logo depois das eleições, quem eram os futuros ministros do novo Governo. Por linhas directos ou indirectas, tudo se sabia, e logo começavam as análises aos currículos dos propalados futuros membros do executivo, em que se sublinhavam os aspectos positivos e negativos de cada um. E quem sabe se não se iniciavam aí as pressões para que o indigitado primeiro-ministro optasse por este ou por aquele, respeitando as indicações dos jornais, rádios e televisões. 
Quantos políticos, que poderiam dar bons ministros, não terão ficado pelo caminho, por uma ou outra crítica dos politólogos dos nossos órgãos de informação. Porém, no domingo das últimas eleições, António Vitorino, o estratega do programa eleitoral do PS, lançou um alerta. "O próximo Governo não será feito na comunicação social, nem pela comunicação social; habituem-se", garantiu o ex-comissário europeu. E pelos vistos, Sócrates está mesmo a seguir à risca este princípio de não se deixar levar por quem tem tido o hábito de vender notícias à custa de uma táctica especulativa. 
O indigitado primeiro-ministro estará a trabalhar num clima tranquilo, sem pressões seja de quem for, seguindo, certamente, a sua consciência, com total liberdade e confiança do seu partido, na busca de quem tem de o ajudar a levar por diante o programa que referendou junto dos portugueses. Sócrates sabe que não pode perder esta oportunidade, mas também sabe que os portugueses estão à espera de quem lhes garanta uma vida mais tranquila e de mais futuro. Por isso, este silêncio em torno da formação do novo Governo é mesmo um silêncio de ouro. 

F.M.

LEITURAS

“A muita gente, incluindo não poucos cristãos, choca ver o Papa fisicamente diminuído e em sofrimento, como acontece há pelo menos sete anos. Alguém que, antes, irradiava vigor e praticava desporto. Porquê, então, manter tanto tempo um doente à frente da Igreja Católica?”. Esta é uma pergunta feita por Francisco Sarsfield Cabral, à qual ele responde na sua habitual coluna do DN:
 “Em Portugal, mais de dois terços dos indivíduos abrangidos pelo rendimento social de inserção são do sexo feminino. No Malawi, elas constituem 75 por cento dos pobres. E na Holanda são também mulheres que dirigem 60 por cento dos agregados que vivem situações de pobreza. Países e realidades tão diferentes são analisados num relatório do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan.” 

Para saber algo mais sobre pobreza, leia no PÚBLICO o artigo de Andreia Sanches.