domingo, 30 de janeiro de 2005

POESIA NA CIDADE

A Figueira da Foz é uma boa sugestão, no meu entender, para um passeio de domingo. Mesmo no Inverno, há sempre algo de bonito para ver. O mar e a grande marginal, sempre com gente a desfrutar a paisagem, a Serra da Boa Viagem, donde se abarcam horizontes a perder de vista, bons restaurantes que oferecem pratos típicos, muitos dos quais ao gosto das gentes da beira mar Na marginal, há um monumento a João de Barros (1881 - 1960), inspirado poeta figueirense, de que lhe deixamos um excerto poético, oferecido, com gosto, a quem passa: Aquele mar da minha infância bom camarada e meu irmão...
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eu sorrirei, calmo e contente se ouvir e vir, perto, bem perto O mar fraterno, o mar eterno, o livre mar...
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GRUPO ETNOGRÁFICO CANTA «JANEIRAS»

Na noite de sábado para domingo, o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré cantou as «Janeiras», de casa em casa, na Gafanha da Nazaré. Cumpriu mais uma vez a tradição para a reavivar, já que esteve perdida bastante tempo. Jovens e menos jovens, bem agasalhados que o frio apertava, instrumentos afinados e vozes ainda muito frescas, muito vivas, muito alegres, sem mostrarem cansaço, pararam à minha porta, como sempre o fizeram e porque sabem como aprecio tudo quanto diz respeito ao nosso povo e à sua história, feita esta de muito suor e de muitas canseiras e amores. Os cânticos que me ofereceram e que vêm dos nossos avós, de autores desconhecidos e cuja música muitos ainda conhecem, são de uma beleza ímpar. Perdê-los seria uma grande pena cultural. Ano após ano, porém, no Cortejo dos Reis, todos eles podem ser ouvidos e entoados pelas ruas da Gafanha da Nazaré. Nesta referência às «Janeiras», bem ao gosto do que alguns emigrantes me pediram, por e.mail, aqui fica também a letra de um desses cânticos:
DEUS NOS DÊ FESTAS ALEGRES

Deus nos dê Festas Alegres 
Com Seu divino amor 
A Virgem Nossa Senhora 
Deu à luz o Redentor 

Cantemos nossas canções 
Para visitar Jesus 
Vamos ver Sua lapinha
Cheia da divina luz


 Coro

A Gafanha da Nazaré 
É esta sedutora 
Damos graças ao Menino 
E à Virgem Nossa Senhora

O presépio enfeitado 
Nos espera e nos seduz 
Para prestar homenagem 
Ao que a Virgem deu à luz 

Vamos indo pastorinhos 
Com toda a nossa alegria 
Visitar o Deus Menino 
Filho da Virgem Maria 

Vamos indo piedosos 
Cada qual com sua oferta 
Oferecer ao Menino 
Que é dia da Sua festa 

É o nosso Deus Menino 
O Rei dos pobrezinhos 
Oferecer-lhe ofertas 
Dos humildes pastorinhos 

Do livro "Cortejo dos Reis - Um apontamento histórico" 
de Padre José Fidalgo e Prof. Fernando Martins

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sábado, 29 de janeiro de 2005

Dia Mundial dos LEPROSOS: 30 de Janeiro

A Santa Sé exige mobilização pela erradicação total da lepra, em mais um Dia Mundial dos Leprosos que se celebra amanhã, 30 de Janeiro, porque considera que é preciso acabar com a «marca de infâmia» de que ainda padecem os leprosos em todo o mundo. «Até que não se elimine a concepção de uma indelével marca de infâmia , a luta final por uma vitória contra a lepra ainda demorará muito», assinala o presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde (CPPS), Cardeal Javier Lozano Barragán, como se pode ler na Agência Ecclesia. Posted by Hello

ERROS E MAIS ERROS

Um autarca brasileiro resolveu, há tempos, aplicar coimas aos publicitários e a todos os que escrevem textos, com erros de Português, para afixar nas ruas da cidade. Porque achamos correcta a ideia, aqui deixamos a sugestão. Para já, vamos dando conta neste espaço dos erros que vamos encontrando pelas ruas. Errado ---------------------Certo Estevão---------------------Estêvão Flôr-------------------------Flor Garret----------------------Garrett Secadura Cabral-------------Sacadura Cabral F.M.

Um livro de MIGUEL SOUSA TAVARES

SUL - Viagens


Por estes dias andei de viagem com o escritor e jornalista Miguel Sousa Tavares. Como guia, levei o seu livro «SUL - Viagens» e a inspiração de um poema de sua mãe, a poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen, com que o autor abriu as suas descrições e vivências, neste seu livro, que saiu recentemente em edição renovada. O poema aqui fica para enriquecer, também, neste meu diário, as minhas memórias:




DERIVA 

Vi as águas lobos vi as ilhas 
E o longo baloiçar dos coqueirais 
Vi lagunas azuis como safiras 
Rápidas aves furtivos animais 
Vi prodígios espantos maravilhas 
Vi homens nus bailando nos areais 
E ouvi o fundo som das suas falas 
Que já nenhum de nós entendeu mais 
Vi ferros e vi setas e vi lanças 
Oiro também à flor das ondas finas 
E o diverso fulgor de outros metais 
Vi pérolas e conchas e corais 
Desertos fontes trémulas campinas 
Vi o frescor das coisas naturais 
Só do Preste João não vi sinais 
As ordens que levava não cumpri 
E assim contando tudo quanto vi 
Não sei se tudo errei ou descobri


Do princípio ao fim da leitura foi um deleite, no contacto com paisagens, gentes e culturas muito distantes das nossas. Nalgumas, lá estavam, porém, as marcas do império e da passagem e estada dos portugueses. Marcas que já são, em muitos casos, ruínas, como em S. Tomé e Príncipe. 
Segui, depois, para a misteriosa Amazónia, onde me senti engolido «pelos índios e pela selva» e onde contactei com tribos que desconhecem as vidas que vamos alimentando. Embrenhei-me um pouquinho na selva impenetrável para estranhos, naveguei e nadei em rios de águas límpidas e vi costumes inimagináveis. 
Saltei para o Egipto e para uma civilização que um povo de escravos e reis construiu. Contemplei o deserto e construções que têm atravessado o tempo, dando largas à imaginação de arqueólogos e historiadores. Andei por Goa, que os portugueses ocuparam durante 450 anos, e pude sentir que a alma lusa por lá ficou, nas casas e nas pessoas, algumas das quais ainda não esqueceram totalmente o Português e a fé cristã. 
Estive em Cabo Verde, que é o país do Terceiro Mundo que «melhor aproveita a ajuda externa». Paisagens e pessoas a convidarem-nos para novos encontros. Estive em contacto com o mundo árabe e com os restos de civilizações que atingiram o auge e depois decaíram. Alhandra: Os jardins de Alá, Marráquexe e as suas muralhas vermelhas. 
Depois andei pela Costa do Marfim, o coração de África, mas não deixei de passar por Veneza e de navegar pelos seus canais de encanto. O mágico Nordeste brasileiro, a Tunísia azul e branca, a pista para Tamanrasset, temerária e para gente corajosa, entre outras visitas, aí ficam para quem quiser ler este livro de Miguel Sousa Tavares. Para quem gostar de viajar com alma.

Fernando Martins

Efemérides aveirenses

29 de Janeiro 1949 – Foi inaugurada a magnífica sala de espectáculos «Cine-Teatro Avenida», que neste dia apresentou o filme «Não há rapazes maus”, onde se focava a vida e obra do padre Américo Monteiro de Aguiar», fundador da Obra da Rua, também conhecida por Casa do Gaiato. 1933 – Foi prestada uma grandiosa homenagem ao ilustre aveirense dr. Lourenço Simões Peixinho, dinâmico presidente da Câmara Municipal, que nessa altura recebeu as insígnias da Ordem Militar de Cristo, com que fora agraciado, adquiridas por subscrição entre os seus amigos e admiradores. Fonte: Calendário Histórico de Aveiro

sexta-feira, 28 de janeiro de 2005

Construir a memória

Na rubrica Educar...hoje, do Correio do Vouga, Teresa Soares Correia publicou no último número um artigo que vale a pena ler. Não perca.

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