sábado, 11 de outubro de 2025

Deus Morreu?

Crónicas semanal de Anselmo Borges 

Penso que é mesmo urgente parar para pensar. Concretamente neste nosso tempo de ameaça de apocalipse niilista, quando Deus morreu e a questão de Deus é ignorada mesmo enquanto questão constitutiva do ser ser humano enquanto tal. O que se segue à morte Deus e quando a própria pergunta por Ele está morta?

1. Volto muitas vezes a esse sublime e abissal texto, pavoroso, um dos grandes da grande literatura alemã, escrito por Jean Paul, pseudónimo de Johann Paul Friedrich Richter, em 1796: Rede des toten Christus vom Weltgebäude herab, dass kein Gott sei (Discurso do Cristo morto, a partir do cume do mundo, sobre a não existência de Deus).
Nele, o célebre escritor descreve um sonho. Pela meia-noite e em pleno cemitério, numa visão apavorante, o olhar estende-se até aos confins da noite cósmica esvaziada, os túmulos estão abertos, e, num universo que se abala, as sombras voláteis dos mortos estremecem, aguardando, aparentemente, a ressurreição.

quinta-feira, 9 de outubro de 2025

GAFANHA foi Celeiro e Horta

Em 1934, Rocha Madail afirma:

"Ainda que muitas pessoas se contam neste distrito que viram a Gafanha árida e despida de vegetação, como a maior parte dos areais do litoral, este trabalho foi tão proveitoso que a Gafanha talvez seja um dos lugares deste distrito em que haja mais ouro amoedado, sem contar que liberalmente fornece sustentação e trabalho a mais de oito mil pessoas sendo, por assim dizer, o celeiro e a horta dos concelhos de Aveiro, Ílhavo, e ainda da maior parte de Vagos."

In Gafanha da Nazaré – Escola e comunidade numa sociedade em mudança

Moliceiros


Edição do Hotel Afonso V. O postal andava por aqui perdido, mas ainda o salvei a tempo. A edição foi da Comissão Municipal deTurismo de Aveiro.

Poema de Daniel Faria



Procuro o lento cimo da transformação
Um som imenso. O vento na árvore fechada
A árvore parada que não vem ao meu encontro.
Chamo-a com assobio, convoco os pássaros
E amo a lenta floração dos bandos.
Procuro o cimo de um voo, um planalto
Muito extenso. E amo tanto
A árvore que abre a flor em silêncio.

POESIA de Daniel Faria

(Daniel Faria - 10/04/1971 .... 9/06/1999)

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Marcos Cirino - Amou a Gafanha


 Marcos Cirino foi um gafanhão que amou a nossa terra.Testemunhei inúmeras vezes o seu envolvimento interessado em diversas tarefas. 

Farol agitado


 O nosso Farol, com décadas de vida,  já passou por momentos muito agitados, com alicerces à vista, mas tem resistido a todas as ameaças.

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Rua Daniel Rodrigues

(Foto do meu arquivo)

Justa homenagem a um jornalista e diácono a quem Aveiro muito deve. No Comércio do Porto e no Diário Popular, mas também como Director-Adjunto do Correio do Vouga, o Daniel foi um defensor das causas aveirenses e regionais, a diversos níveis.
A Rua Daniel Rodrigues fica situada entre o Centro de Saúde de Aveiro e o armazém da União de Freguesia da Glória e da Vera Cruz, junto ao Cemitério Sul.
Falecido em novembro de 2010, aos 79 anos de idade, Daniel Rodrigues foi o primeiro jornalista profissional a exercer funções em Aveiro, ao fundar e assumir a direção da delegação aveirense do jornal “O Comércio do Porto”, no dia 22 de fevereiro de 1969, tendo também sido correspondente do extinto jornal lisboeta “Diário Popular”.
Na imprensa regional, foi diretor-adjunto do “Correio do Vouga”. No dia 22 de maio de 1988 foi ordenado diácono permanente, sendo responsável da pastoral dos ciganos e colaborador da paróquia da Glória.
Conheci o Daniel Rodrigues desde que veio para Aveiro, para trabalhar na secretaria do tribunal.

Flor a abrir

 

Flor do meu quintal a abrir. Cheguei na hora certa e a beleza é para partilhar.

Conservador ou da Extrema-direita

 

NOTA: Uma boa sugestão de leitura.


domingo, 5 de outubro de 2025

CHAVES: Centro da Cidade


Passámos férias em Chaves diversas vezes. Nós íamos para Chaves e uma família muito amiga vinha para a nossa casa da Gafanha. No Porto, trocávamos as chaves das respetivas habitações. Bons tempos! Saúdo os flavienses  que porventura se recordem de nós.

República Portuguesa




Neste dia, 5 de outubro de 1910, foi proclamada a República Portuguesa nas varandas da Câmara Municipal de Lisboa, marcando o fim da monarquia constitucional em Portugal e o início de um novo regime.
Esta revolução republicana, liderada obviamente, por republicanos e militares, foi o resultado de uma conspiração que vinha sendo preparada para a mudança de regime, que trouxe alterações significativas, que o povo apoiou.