Sílvio Ramalheira, num dia de Junho de 1932, capitão do Gazela Primeiro, num momento de correntes traiçoeiras, de um vento repentino e de ondas perigosas, tinha os seus homens fora (…). Era difícil para um navio, como o Gazela chegar perto dos seus pescadores, sendo costume, nesse tempo, lançar-lhes um longo cabo de manobra preso à popa do navio ancorado (…). Como o Cap. Sílvio não era homem para estar parado, nesse dia, fez-se ele próprio ao mar, levando esse cabo. Levou ainda um segundo dóri, em que remou, velejou, indo ao encontro dos homens que estavam mais em perigo (…). Havia trinta e um dóris do Gazela no mar, e o capitão encontrou e salvou vinte e nove: os dois restantes nunca mais regressaram – recorda Alan Villiers, na campanha de 1950.
NOTA: Cheguei hoje a esta notícia de Portos de Portugal, mas logo percebi que era trabalho da boa amiga Ana Maria Lopes, publicado no seu blogue Marintimidades, onde há muitíssimos textos referentes ao mar e às pescas, sem esquecer as pessoas.