Honra-me muito o convite do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré para participar no jantar-convívio da época natalícia. Ontem lá estive mais uma vez. Que me lembre, só faltei uma vez por razões de saúde. E gosto de marcar presença por rever amigos, muitos amigos, que comungam das minhas ideias, em relação à importância de um grupo que aposta em investigar, estudar e promover as tradições etnográficas da região das Gafanhas.
É verdade que acompanhei de perto a fundação do grupo desde os primeiros passos, já lá vão 40 anos, pois foi fundada em 1 de Setembro de 1983. E tenho apreciado a preocupação em se manter em permanente atualização.
Para além dos membros do GEGN, diretores, músicos, homens e mulheres, rapazes e raparigas que cantam e danças, marcaram presença alguns amigos, nomeadamente, Padre César Fernandes, pároco da Gafanha da Nazaré, Vasco Lagarto, presidente Cooperativa Cultural, Alfredo Ferreira da Silva, fundador e dirigente do Etnográfico, José António Arvins, secretário da Junta de Freguesia, Paulo Miranda, diretor da Filarmónica Gafanhense, e ainda o representante da Federação do Folclore Português, Daniel Bastos, a presidente da Assembleia Geral, Maria Ascensão Vilarinho, e o presidente do Conselho Fiscal, Rui Pais Farinha. O jantar-convívio decorreu na Casa da Música, espaço ocupado pelo Etnográfico e pela Filarmónica Gafanhense. E importa reconhecer o esforço que se notou para que tudo decorresse com asseio e ordem, com aperitivos, prato principal e sobremesas para todos os gostos.
Um encontro como este, preparado com muita dignidade, serve, acima de tudo, para estreitar amizades, criar a união e motivar toda a gente, gafanhões e convidados, para a importância do estudo da etnografia de um povo que, desde o século XVII, se estabeleceu nos areais dunares, onde transformou solos estéreis e soltos, em terrenos agrícolas muito férteis.
Fernando Martins