As nuvens que me espreitaram hoje de manhã
As últimas maçãs de uma árvore um pouco frágil.
Durante a manhã de hoje esteve um tempo bastante agradável. Daí o desafio da minha mulher, a Lita, para que fosse respirar o ar puro de um dia tranquilo no relvado do nosso quintal. — Leva a máquina porque gostaria que fotografasses umas coisas. Assim fiz. Cadeira de jardim que me permitiu estar bem recostado, quase deitado, e por ali fiquei.
Na posição em que estava vi as nuvens que deslizavam serenamente, em constante mutação, qual delas a mais original. E regressei à minha juventude com o quintal bem cuidado e todo a produzir, que a vida está muito cara, sublinhava a minha mãe. Hoje, pelo que tenho visto, os terrenos de cultivo estão de pousio e em vez dos milheirais e batatais há casas e ruas por todo o lado. Como os tempos têm mudado!