sábado, 18 de fevereiro de 2023

EXEMPLO DE JESUS: AMAR A TODOS SEM DISTINÇÃO

Reflexão de Georgino Rocha
para o Domingo VII do Tempo Comum

Imagem Pixabay  
Deus humanizou-se é a verdade mais admirável da mensagem deste VII Domingo. Deus não apenas se faz humano em Jesus Cristo, mas em todos os seres humanos. Ao Deus de Jesus Cristo não o encontramos no «sagrado», mas no humano. Mensagem clara que Deus nos deixa: A relação com o/a outro/a espelha a nossa relação com Deus. De contrário será engano. José M. Castillo, La Relligión de Jesús, pág. 106
Agrada-nos ver o Evangelho e observar Jesus. Observar a sua pedagogia, observar como educa, como ajuda a crescer os seus discípulos e o povo simples. A tomar nota de como procede connosco. Olhamos porque olhando aprendemos e aprendendo, crescemos e crescendo, somos. Somos filhos da mesma história a guardar e artesãos de uma história a construir.
“Se não sois melhores que os escribas e os fariseus…, não entrareis”. Sentença dirigida a todo aos ouvintes e extensiva a todos. Ricardo Fernandez, Homilética 2023/1, pág. 50 Sentença glosada por Jesus e recordada no domino passado. Segue o exemplo deste autor que, servindo-se de casos casos convida a ampliar os círculos.
Entrar no reino, viver em comunhão com Deus é oferta divina que estamos chamados a acolher. Na nossa humanidade brilha o esplendor celeste. O Senhor faz brilhar em mim a sua glória, o seu modo de ser e agir.Que maravilha! Que dignidade!
«Vós sois a luz do mundo, Vós sois o sal da terra». Eu, ser humano limitado, cheio de sombras e marcado por tantos limites. Mas é por cada mim, por ti, por nós humanos que irradia o sol divino da graça.
Com efeito, o termo «loucos» esclarece a Ecclesia designa por vezes os pobres do povo. […] Ora, o nosso Redentor ignorou os sábios e os ricos deste mundo, pois vinha ao encontro dos pobres e dos loucos. Apesar disso, observa nesta altura, como que para fazer crescer a sua dor: «Até os loucos me desprezam»; ou seja, fui desprezado por aqueles mesmo que queria sarar, assumindo a loucura da minha pregação. Com efeito, a Escritura declara: «Já que o mundo, com a sua sabedoria, não reconheceu a Deus na sabedoria divina, aprouve a Deus salvar os que creem pela loucura da pregação» (1Cor 1,21). Pois o Verbo é a sabedoria de Deus e aquilo a que, nesta sabedoria, se chama loucura é a carne do Verbo: vendo a incapacidade dos homens carnais para alcançarem a sabedoria de Deus por meio da prudência da carne, Ele quis sará-los pela loucura da sua pregação, ou seja, pela carne do Verbo. Por isso, declara: «Até os loucos me desprezam». Era o mesmo que dizer abertamente: sou desprezado por aqueles mesmos que quis salvar sem receio de passar por louco.

Pe. Georgino Rocha

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