Olhende - 2006 |
Evoco hoje um artista ilhavense que conheci há anos e que, ao que julgo, está radicado no Brasil. Gosto bastante do que pinta e tenho-o presente numa sala cá de casa.
Como sempre, quando cirando pelo sótão, agora com menos frequência, encontro livros e brochuras interessantes. Desta vez, surgiu JÚLIO PIRES, com reprodução de várias pinturas. Na ficha técnica pode ler-se, entre outras notas, o título, “De Encontro ou Mais de Dentro”, a edição de “Op Art”, textos de Ribau Esteves, Mário Silva e Marques Leal. A fotografia é da responsabilidade de Vasco Ramalheira.
Ribau Esteves, ao tempo presidente da autarquia ilhavense, diz que Júlio Pires é um filho da terra e acrescenta: “Com a diferença do seu jeito próprio, traça de forma única e com vista alegre, a beleza da sua Terra, das nossas Mulheres, Crianças, Natureza e Condições.” E Mário Silva adianta: “Júlio Pires, quando pinta reflecte e reproduz o momento fugidio que a máquina fotográfica ainda não consegue aprender, mas que pretende apontar como o único e verdadeiro caminho.”
Por sua vez, Marques Leal frisa que “Os temas factuais da sua pintura falam de experiências interiores e exteriores, de mundos visíveis e imaginados, de formas humanas e de objectos que brincam com a memória e ecoam do passado, sempre sob a força dominadora das cores berrantes que utiliza, impressionando-nos a retina, como se fossem sentimentos fotografados”.
F. M.