Não podiam faltar as cavacas |
Está a decorrer até amanhã a festa de Nossa Senhora da Nazaré, com programação para todos os gostos. Hoje, além da Eucaristia, às 10h30, presidida pelo nosso prior, Pe. César Fernandes, realizou-se a procissão pelas 16h30, como manda a tradição. O coral da Filarmónica Gafanhense ficou responsável pelos cânticos. Sou testemunha de que tudo decorreu dentro da normalidade, mas não posso deixar de sublinhar a presença do Pe. Sarrico que, com os seus 94 anos, tem demonstrado uma vitalidade enorme para se dar ao serviço da comunidade. E na proclamação do Evangelho a sua voz, pausada e firme, mostra à evidência o seu entusiasmo para se dar ao serviço do Povo de Deus, na nossa terra. Isto mesmo sublinhou o nosso prior no final da Eucaristia.
As nossas autoridades, nomeadamente, os Presidentes da Câmara e da Junta de Freguesia, João Campolargo e Carlos Rocha, com suas esposas, também se associaram à principal festa da Gafanha da Nazaré.
Tenho presente que na nossa terra já houve, em tempos idos, a festa em honra da Imaculada Conceição, no dia 8 de Dezembro, «promovida pelos pescadores que acabam de chegar, naquele tempo, dos bancos da Terra Nova e da Groenlândia», como se lê na Monografia da Gafanha do Pe. João Vieira Rezende e eu bem recordo.
Para além de duas bandas de música, atuaram na festa alguns grupos de música popular, que contaram com a participação de muito povo, como me confirmou um mordomo.
Tenho dito e redito que as Festas são uma boa oportunidade para aproximar as pessoas e promover o convívio. Antes da missa e depois dela, pude encontrar amigos que não via há muito, mas que fizeram questão de estar presentes. Cumprimentei vários, abracei alguns e tenho a certeza de que nem todos me reconheceram. Acompanhados por familiares, foi muito boa a ideia de terem sido ajudados a participar na missa festiva. Também contactei com emigrantes que me sussurraram a alegria de terem estado presentes este ano. «Tão linda a nossa igreja», disse-me uma senhora. E acrescentou: «Hoje, o almoço, é um assado no forno a lenha, à moda antiga!»
Fernando Martins