Ainda menino, percebi as consequências da segunda grande guerra e dela ouvi falar imensas vezes na minha vida. Depois vieram outras guerras com Portugal em África a não aceitar o óbvio, por imposição de um ditador “orgulhosamente só”, que sacrificou tantos portugueses para nada.
Outras guerras envolveram países um pouco por todo o lado, com sofrimentos que nos passavam ao lado sem afetarem grandemente os nossos quotidianos. E os anos foram passando a correr com a paz as marcar os nossos dias.
Quezílias e guerrinhas domésticas não ensombravam os nossos futuros, neste país de brandos costumes, com o mar a abrir-nos a sonhos de novos e amplos horizontes. Vivíamos em paz, apenas preocupados com pobrezas injustas de muitos compatriotas. Mas a tranquilidade que ao longo de décadas nos embalou, perdeu-se de um momento para o outro pela ação de um louco que lidera uma nação poderosa.
A guerra, qualquer que ela seja, é sempre destruidora e mortífera. A Ucrânia está a ser massacrada e o seu povo ficará sem futuro à vista. Mulheres, crianças e velhos em fuga procuram refúgio nos países da Europa. Os homens tentam defender a sua pátria enquanto todo o universo das nações civilizadas estabelece uma guerra económica com a Rússia agressora, numa tentativa de a vencer sem armas.
O povo ucraniano contará com a ajuda de todos os países pacíficos. Direta ou indiretamente todos saberemos cooperar. E a Rússia acabará derrotada pela força da razão dos que amam a justiça, a liberdade e a paz.
Fernando Martins