Reinaldo Oudinot nasceu em Sampigny, Diocese de Verdun, França, a 7 de outubro de 1744. Filho de Jean Oudinot, advogado e procurador fiscal do concelho.
O Engenheiro Oudinot veio para Portugal em 1766, sendo nomeado ajudante de Infantaria com exercício de engenheiro por decreto de 3 de setembro. No ano de 1768 integrou a equipa de Guilherme Elsden para levantamentos do Tejo, tendo, em 1773, assumido a direção dos trabalhos hidráulicos do Rio Lis (Leiria). Simultaneamente desenvolveu também vários estudos agrícolas relacionados com o Pinhal de Leiria.
No ano de 1770 contraiu matrimónio com Maria Vicência Mengui. Deste enlace nasceu Maria Francisca Paula Oudinot que casou com o Engenheiro Luís Gomes de Carvalho, assistente do pai.
Reinaldo Oudinot assumiu, em 1801, as funções de Governador das Armas da Cidade do Porto, em plena Campanha da Guerra das Laranjeiras.
Das diversas obras e projetos que dirigiu ainda é possível apreciar o seu trabalho na Póvoa do Varzim através do Edifício da Câmara Municipal e da Praça de Almada, no Porto, no Quartel de Santo Ovídio e no Edifício do extinto Governo Civil. Porém, foi na área da Hidráulica que o Engenheiro Oudinot mais se distinguiu, destacando-se os melhoramentos introduzidos no Porto da Póvoa do Varzim, ou nos difíceis trabalhos nas Barras do Douro e Aveiro.
Em 1802, o Coronel Engenheiro Oudinot e o Capitão Engenheiro Luís Gomes de Carvalho foram encarregados da missão de elaborarem um plano de abertura da nova Barra de Aveiro.
Nesse mesmo ano casou em segundas núpcias com Vicência do Carmo Locatelli. Deste enlace nasceram João Reinaldo, Maria Augusta e Teresa Josefina.
A 1803 ascendeu ao posto de Brigadeiro do Real Corpo de Engenheiros, uma forma de recompensa pela sua deslocação para o Funchal, onde lhe foi solicitada uma solução para os grandes aluviões que, nesse ano, tinham provocado centenas de mortes e prejuízos materiais muito elevados.
Faleceu, a 11 de fevereiro de 1807, no Funchal.
NOTAS:
1. Trabalho elaborado pelo CDI (Centro de Documentação de Ílhavo) da CMI, integrado no projeto "Se esta rua fosse minha";
2. Na Gafanha da Nazaré encontramos a Rua Engenheiro Oudinot que surge numa Escritura de 13 de junho de 1988 relativa a um contrato celebrado para a empreitada de pavimentação em semipenetração betuminosa de vários arruamentos daquela freguesia. Ainda na Gafanha da Nazaré encontramos o Jardim Oudinot.