Maria Amélia de Carvalho e Almeida in “Ao Sabor das Marés”, p. 193
Domingos Cardoso |
Eu fui talvez feliz sem o saber
Quando a felicidade eu procurava
E, cego, via em tudo o que encontrava
A negação do bem e do prazer.
Nessa busca ansiosa pelo ter
As minhas energias dissipava
E impotente e incapaz não enxergava
Que o principal da vida é sempre o ser.
O Tempo deu-me a doce regalia
De ver agora claro o que eu não via
Que é quase sempre em vão o que sofremos.
Depois de uma procura tão a sós
Sei que a felicidade mora em nós
Se amarmos o que somos e o que temos.
Domingos Freire Cardoso
In “Por entre poetas”
Quando a felicidade eu procurava
E, cego, via em tudo o que encontrava
A negação do bem e do prazer.
Nessa busca ansiosa pelo ter
As minhas energias dissipava
E impotente e incapaz não enxergava
Que o principal da vida é sempre o ser.
O Tempo deu-me a doce regalia
De ver agora claro o que eu não via
Que é quase sempre em vão o que sofremos.
Depois de uma procura tão a sós
Sei que a felicidade mora em nós
Se amarmos o que somos e o que temos.
Domingos Freire Cardoso
In “Por entre poetas”