Iniciámos no mês passado, no Timoneiro, a divulgação do que vai acontecendo, na paróquia, sobre a caminhada dos nossos jovens, rumo às Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), que ocorrerão em 2023 em Portugal, concretamente na região de Lisboa.
Dulce Faria vai-nos elucidando sobre a forma como os jovens se vão envolvendo na comunidade, lembrando que a caminhada, já iniciada, pressupõe disponibilidade para agir nas periferias, porque é fora da Igreja que temos de mostrar aos outros “o amor ao próximo e a presença de Deus na vida deles”, referiu. Ainda nos disse que tem por companheiras, como catequistas, a Mariana Ramos e a Patrícia Teixeira.
Na conversa via e-mail que tivemos com o Miguel Neto, um dos jovens que assumem a caminhada de treino para as JMJ, ficámos a saber que o grupo reconhece que, “apesar de Deus estar sempre preparado para nos ouvir, auxiliar e amparar, nós nem sempre estamos preparados para O sentir na sua plenitude”. Por isso, vê as JMJ como “um incentivo extra para fortalecer a nossa sensibilidade”. Nessa linha, frisou que têm procurado mais informações sobre as jornadas anteriores, ao mesmo tempo que têm participado em atividades que reforcem “a união entre os membros da paróquia”.
“Cada um de nós inicia uma jornada interior em que se prontifica a viver a fé, o amor e a energia arrebatadora de Fátima, referiu.
O Miguel adiantou-nos que o grupo é bastante heterogéneo, sendo notório que cada pessoa “tem uma maneira muito característica e pessoal de viver a sua fé”, sublinhando que, como tal, “cada um tem algo de único a oferecer e algo de diferente a procurar”. No fundo, reconhece que todos estão preparados “para dar e receber amor, esperança, harmonia e apoio incondicional”, explicou.
Disse que o Papa Francisco, que marcará presença nas JMJ, “é uma inspiração, tendo sido um verdadeiros revolucionário e visionário”, recordando-nos que “a fé é uma longa jornada com curvas e contracurvas, com mudanças e imprevistos”. “O Papa Francisco é a prova viva de como a Igreja não é, como muitos pensam, uma entidade cristalizada e estagnada”, concluiu as suas considerações sobre o Papa.
À partida, salientou o Miguel, vamos animados pela certeza de que “a fé consegue unir diferentes gerações, diferentes personalidades, ideais e opções políticas, num aglomerado de amor”. Na convicção de que vão participar numas jornadas que implicam grandes responsabilidades, o Miguel Neto sabe que não vão lá para se divertirem apenas, “mas para recarregarem baterias, rumo a um futuro diferente, para melhor”. E afiançou: “Qualquer bom cidadão tem o ideal de lutar por um futuro melhor. Nós, como católicos, temos a possibilidade de encontrar em Jesus um balão de oxigénio que nos ajude a lidar com as nossas frustrações e de nos sentarmos no colo de Maria em busca de algum conforto.” No regresso, os nossos jovens esperam sentir “uma alegria estonteante”, como se tivessem regressado de “um universo paralelo onde só existe amor, solidariedade e empatia”, garantiu-nos o Miguel Neto.
Fernando Martins