No sábado, 28 de setembro, tive o privilégio, mais uma vez, de confraternizar com alunos meus da década de 60 do século passado, das escolas da Chave e da Marinha Velha da Gafanha da Nazaré. Por mais palavras que escolha e venha a empregar neste simples texto, jamais traduzirei, com verdade absoluta, os sentimentos que me invadiram durante todo dia e até hoje. E sempre, afinal. Simplesmente porque foram emoções intensas as que revivi com as histórias que ouvi e que não me canso de ouvir.
Estes gestos tocam-me profundamente e por mais que agradeça aos presentes, e por eles aos que não puderam participar no almoço, ficarei sempre em dívida perante tanto carinho e amizade.
Em convívios como este, a saudade dos tempos idos tem muito peso. Eu sei que há quem defenda que não importa o que lá vai, porque o importante está, no presente, a construção do futuro. Mas futuro sem raízes não terá grande sentido, porque nós somos já, indubitavelmente, o futuro do passado. E é neste ciclo do tempo sem fronteiras que nos movemos e convivemos.
Nas trocas de impressões com os meus antigos alunos, fui compreendendo as suas vidas e lutas pela busca da felicidade, para si e para os seus. E com que enlevo me falaram dos filhos e netos, dos seus trabalhos e sucessos, dos seus percursos de vida e dos seus sonhos, das suas alegrias e algumas mágoas. Mas o que mais sobressaiu foi a sua alegria pelo convívio, pela partilha de sentimentos e emoções, pelas recordações das escolas que os marcaram, pelos companheiros da meninice, pela evocação dos que já não estão fisicamente entre nós e pelos que não puderam estar presentes, por doença, situações difíceis ou migração.
Felizmente, pudemos contactar com o Celso Alves Pinto e com o Manuel Ferreira, graças ao Messenger.
A todos os presentes e ausentes quero agradecer as provas de estima com que me envolvem quando com eles me cruzo. Todos sabem que os alunos, como os filhos e netos, têm lugar especial no meu coração. Aqui ficam os meus votos das maiores venturas para todos.
Fernando Martins
Registo que me foi entregue no final do encontro:
«Almoço de ex-alunos dos anos 60
com o estimado Prof. Fernando Martins
“E no meio deles, com o seu carinho indesmentível e amizade
franca, revivi a minha e nossa sala de aulas, os métodos de ensino, os
programas escolares, as brincadeiras com espaços de recreio marcadamente
separados, para meninos e para meninas. Afinal, a rigidez já naquela época era
considerada, por muitos, e por mim, anacrónica e sem sentido”.
Prof. Fernando Martins, 2018/10/20
(Blogue “Pela Positiva
Etiquetas: Antigos Alunos, Escola, Marinha Velha)
Carlos Manuel Teixeira
Eduardo Almeida
Fernando Almeida
Fernando Batista
Hélder Mateiro
Manuel Cândido Rocha
Albino Ribau
António Barroqueiro
João Manuel Cardoso
Carlos Silva
Emídio Gandarinho
Fernando Calisto
Francisco Jesus
João Gonçalves
Júlio Caçoilo
Serafim Pinto
Com estima e amizade, muito obrigado Prof. Fernando Martins!
Gafanha da Nazaré, 2019/09/28
O Serafim, incansável obreiro destes encontros, teve a gentileza de me enviar as suas impressões de mais este convívio, que reproduzo com muito gosto e gratidão.
A educação tem regras
O trabalho tem regras
A amizade não tem regras
A amizade não tem condições
A liberdade coabita com a amizade
Quando a essa liberdade
Trazemos as pessoas de quem gostamos
Quando juntamos ex-alunos e amigos
Com o nosso amigo Prof. Fernando
A amizade sai reforçada e engrandecida.
Pelo vídeo do “Messenger”, tivemos connosco, o Celso Pinto - nos USA e o Manuel Ferreira - em Lisboa.
Parabéns ao professor Fernando Martins e a todos os ex-alunos da Escola Primária dos anos 60 presentes no encontro de hoje, 28 de Setembro de 2019!
P.S.: O próximo encontro fica agendado para o dia 18 de Setembro de 2020.»
Serafim Pinto