O meu amigo e familiar Humberto Rocha teve a gentileza de me oferecer um livro para crianças, denominado “a Bruxinha Aprendiz”. Trata-se de uma peça de teatro escrita para as suas netas e por elas representada em 6 de Julho de 2005. As artistas são a Clara Vidalinc (Princesa), a Sara Rocha (Bruxa), a Inês Vidalinc (Bruxinha), a Matilde Vidalinc (Bailarina) e a Carolina Rocha (Bailarina). Na altura, tinham, respetivamente, oito, sete, quatro, seis e cinco anos. E pelo que sei, saíram-se muito bem, ou não fosse o avô um mestre na arte Talma, entre outras artes.
A edição saiu muito enriquecida pelas ilustrações do artista aveirense Jeremias Bandarra que, como já nos habituou há muito, põe no que faz uma sensibilidade notável. O trabalho do Humberto Rocha vale portanto pela ideia, pelo texto, pelo enquadramento familiar, pela magia que sempre encanta crianças e adultos, mas também por nos colocar em contacto com um artista que goza de merecida estima e admiração no mundo das artes plásticas, de onde sobressai um humanismo que muito prezo.
A história começa, como é típico e em jeito de convite à leitura, com “uma princesa muito bonita, mas muito triste, porque não podia sair do castelo, pois havia uma bruxa má que a transformaria em estátua, caso a apanhasse a passear”. Boa maneira de começar uma história para cultivar nas crianças o gosto pela fantasia, pelo sonho, pela harmonia, pelo mágico que a vida inúmeras vezes comporta. E como termina? Um segredo para descobrir no livro.
Os meus parabéns ao Humberto, extensivos à sua família, em especial às artistas a quem ele dedicou este seu trabalho.
Fernando Martins