quarta-feira, 5 de junho de 2019

Dia Mundial do Ambiente: É preciso educar para o culto da natureza






Fotos do Jardim Oudinot

Todos os anos, desde 1972, celebra-se, a 5 junho, o Dia Mundial do Ambiente, criado para festejar o início da Conferência das Nações Unidas sobre o planeta que habitamos.  

Todos sabemos que falar é fácil e que somos mais dados à crítica, por vezes mordaz e contundente, do que à prática, concreta, de contribuirmos, no dia a dia, para tornar a natureza mais limpa e asseada, combatendo, pela ação, a poluição. Estou a lembrar-me de um cidadão da nossa praça que, em vez de separar o lixo que de casa trazia em sacos variados, atirou tudo para o lixo doméstico. Eles (os funcionários da autarquia ilhavense) que o separem porque têm mais tempo do que eu, afirmou o homem em jeito de explicações que não lhas pedi. 
É lógico e urgente que reclamemos dos Estados, a começar pelo nosso, que dediquem mais tempo e verbas à procura de soluções que contribuam para erradicar os produtos poluentes, pressionando as indústrias para que cumpram as leis, que as há. Castigando, com multas, os que desrespeitam o que está legislado. Mas isso não chega. É preciso, também, educar para o culto da natureza. 

Ontem, a antecipar o Dia Mundial do Ambiente, passeei pela nosso Jardim Oudinot. O bar estava fechado, talvez por àquela hora, a meio da tarde, não haver clientes, o que me obrigou a dar um salto até à Praia da Barra. Mas no jardim assisti a um gesto que julgava extinto: três jovens chegaram e sentaram-se à beira-ria, alegres e felizes, apreciaram a praiinha cheia de água transparente e convidativa, e num gesto rápido despiram os casacos primaveris, descalçaram-se, e num já... atiraram-se à água vestidos, nadando eufóricos. Depois, molhados e felizes pela aventura, devem ter esperado que o sol, não muito forte, os secasse. 

Permitam-me que confesse que só vi algumas cenas dessas na minha meninice, no esteiro grande, com os rapazes a nadarem de cuecas e as raparigas de vestidos, que na água até pareciam uns balões a quererem subir até ao céu. 

A alegria e a felicidade são muito bonitas. Parabéns aos jovens (um rapaz e duas meninas) pela espontaneidade dos seus gestos.

Não registei a cena em foto para não magoar ninguém. 

F.M.

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