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Ponte de Santiago |
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Igreja Matriz de Sever do Vouga (séc. XVI) e Cruzeiro barroco de 1733 |
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Cúpula do púlpito da antiga igreja |
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Paisagem |
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Paisagem |
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Paisagem |
Há dias, senti uma certa frustração. Saímos de casa para revisitar Sever do Vouga e pouco pudemos apreciar. Há anos foi diferente: passei por todas as freguesias e na sede do concelho calcorreei ruas e ruelas, subi e desci rampas com facilidade, visitei aldeias que entendi como típicas e com a sua originalidade, apreciei o Vouga em cada canto, mas desta vez já não foi assim.
Pelo caminho, quase sempre com o rio que deu apelido a Sever, respirámos a pureza do ar que a floresta renova constantemente, não vimos sinais de fogos e ao longe divisámos povoados garantidamente tranquilos.
Na agenda organizada pelo meu instinto, sublinhámos freguesias e recantos para sentirmos o palpitar de gentes que vivem longe da agitação do nosso dia a dia. Recordei amigos doutros tempos e a revolução dos cravos que me reteve no café/bar da Pensão Avenida, à espera que alguém na RTP dissesse o que estaria a passar-se naquele momento mágico que nos restituiu a liberdade, donde brotou a democracia.
Chegámos a Sever, a tal povoação de “se ver do Vouga”, e lá conseguimos estacionar o carro num larguinho tranquilo, perto de Igreja Matriz, que visitámos. Contemplámos a beleza do templo, onde o antigo acolheu o moderno restauro, num casamento feliz. Minutos depois, reconhecemos a minha incapacidade para continuar a caminhar. O sonho de visitar tudo e mais alguma coisa esvaiu-se. E regressar a casa foi preciso, com a Lita a conduzir sempre.
Fernando Martins