«Um outro dia, anos mais tarde, num zapping televisivo, reapareceu-me Anthony Bourdin. A agilidade fílmica da CNN dava outro enquadramento e ritmo a esta sua nova experiência televisiva. O modelo era diferente: menos intimista, mais cosmopolita, no limiar da antropologia cultural. Era muito interessante ver uma figura saída da cozinha convencional a passear-se por cenários quase “radicais”, das tascas de rua aos locais mais simples e estranhos. Devo confessar, para que não sobrevivam dúvidas, que raramente aquela exploração de culinárias raras me excitou os sentidos, particularmente ao ver Bourdain testar alguns produtos cuja bizarria fazia presumir sabores estranhos.»
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Nota: Confesso que apreciei imenso Anthony Bourdin nos seus programas televisivos, pela naturalidade na apresentação, pelo apetite que ele nos suscitava, pela cultura gastronómica que irradiava, mas não só, e por tudo o que nos ofereceu um pouco de todo o mundo. Não quis continuar a viver e foi pena, porque teria ainda muito mais para nos ensinar. E tenho para mim que o seu estilo dificilmente será ultrapassado.