Está no imaginário infantil, a história do coelhinho branco que nos encantava, bem como o cartoon do Bugs Bunny, o Pernalonga que mantinha a miudagem grudada à televisão. O coelho visto como uma bolinha de pelo, sempre despertou nas crianças e até nos adultos uma grande ternura, sendo-lhe atribuído vários significados. Tem um dia no calendário, sendo celebrado todos os anos, no último sábado de setembro.
O seu objetivo é promover a proteção dos coelhos selvagens e domésticos do mundo. São cobaias do homem, na realização de testes para a indústria cosmética e farmacêutica. A sua pele é usada no vestuário, mas nunca vesti um casaco de pele de coelho, nem de raposa, nem de vison, nem de antílope. Sou contra o abate destes animais.
O coelho pode viver em prados, bosques, desertos e mesmo dentro de casa, podendo ser ensinado a usar a caixa de areia ou até a aparecer quando chamado. É um ótimo animal de companhia, curioso, inteligente, com um carácter muito marcado e bastante interativo com todos em seu redor. Mas para termos um coelho como animal de estimação é importante sabermos cuidá-lo e conhecermos o seu comportamento. Os coelhos são herbívoros e têm uma anatomia e fisiologia adaptadas ao seu regime alimentar. São lagomorfos e não roedores, ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, pois possuem quatro incisivos superiores e não dois, como os roedores. Têm 28 dentes, todos de crescimento contínuo ao longo da vida.
A imagem recorrente da cenoura está associada ao coelho, num movimento contínuo de dar ao dente com a sua boquinha minúscula. O coelho está associado à inocência, à Páscoa à primavera e à fertilidade porque se reproduz em grandes ninhadas. Alguns povos antigos relacionavam este animal com o fim do inverno e começo da primavera, pois os coelhos eram os primeiros a abandonarem as suas tocas quando esta estação começava.
Em inglês, a expressão easter bunny popularizou-se como “coelhinho da Páscoa”. Entre outros animais de estimação, como cabrinhas anãs, tartarugas, cágados, periquitos, cães, gatos e até grilos, também um coelhinho felpudo fez parte do rol e o encanto de todos.
Uma vez, até foi convidado a passar uns dias em casa duns vizinhos alemães, que moravam em frente e lhe queriam passar a mão pelo pelo. Tal como eu, que tenho os animais para os afagar e vê-los a correr no bosque, não para os comer. Os ovinhos frescos que as galinhas me dão, de mão beijada, são a paga pela vida que lhes concedo. Uma panca? Será... para quem não é adepto do vegetarianismo e simpatizante do PAN!!!
Maria Donzília Almeida, 30 de setembro de 2017