sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Visita ao Planetário: Estar na lua

Crónica de Maria Donzília Almeida 

Zi astronauta

Centro do Universo

Estação Espacial

“Estar na lua” é algo que já aconteceu com qualquer um de nós, e eu sinto-me incluída nesse rol, nomeadamente no meu papel de aluna/formanda. É um local de evasão, ao alcance de qualquer pessoa. Ir à lua, uma façanha mais arrojada, foi realizada pelos astronautas americanos, Neil Armstrong e Edwin Aldrin, de 38 anos de idade, na nave Apollo 11, em 1969.
Fazer uma viagem virtual pelo espaço sideral foi privilégio de um grupo de formandos da Universidade Sénior do CSPNSN, liderado pelo Professor João Silva.
No âmbito da disciplina de História/Comunicação houve mais uma visita de estudo, desta vez, ao Planetário do Porto, situado na Rua das Estrelas, nome bem sugestivo, por sinal.
Antes de entrarmos, propriamente no espaço do planetário, uma cúpula que simulava a abóbada celeste, à noite, toda a gente quis meter-se no corpo de Neil Armstrong e dar o seu rosto para a fotografia. Aqui, sim, pode verificar-se que nós, os séniores, ainda temos aquela alegria genuina e a irreverência das criancinhas…e que bom!
Confortavelmente refastelados, em poltronas reclináveis, para olharmos o céu, sem ficarmos com torcicolos, de luzes apagadas, lá encetámos viagem pela nossa galáxia, a Via Láctea.
De olhos bem abertos a observar tudo, à nossa volta, ouvíamos a voz bem timbrada do nosso guia, que discorria numa cadência suave. A informação foi muito densa, mas pudemos relembrar alguns conceitos aprendidos na nossa formação académica, nomeadamente no que concerne à formação do Universo.
Para explicar a sua origem, foi invocada a teoria do Big Bang "Grande Explosão", ocorrida há cerca de 13,7 biliões de anos, resultante da grande concentração de massa e energia.
Para isso muito contribuíram os estudos de físicos e astrónomos, que demonstram que o Universo se encontra em constante expansão. Em 1929, por exemplo, o físico e astrónomo norte-americano Edwin Powell Hubble descobriu que as galáxias se afastam uma das outras.
Pudemos observar os vários planetas e as suas órbitas, em torno do sol, confirmando a teoria heliocêntrica apresentada por Galileu, no século XVI, considerada uma heresia e que lhe valeu a excomunhão por parte da Igreja.
Estrelas, planetas, cometas e nebulosas, constelações como a Ursa Maior e Ursa Menor, a Estrela polar, na cauda da Ursa Menor e a sua localização, no firmamento, passaram pelo nosso olhar.
Ainda demos uma olhada no planeta vermelho, Marte, o mais próximo da Terra, aonde os seus habitantes aspiram chegar, um dia. Houve já, agências turísticas que encetaram programas de viagem com esse destino, quando se descobriu que havia água em Marte. Os terráqueos são uns sonhadores!
Esta viagem interplanetária, com pequenas paragens em pontos de destaque, foi tão pacificadora, quase mística, que alguns séniores chegaram a estar lá, na lua, por breves instantes, quando embalados nos braços de Morfeu!

17.02.2017

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