De passagem por S. Jacinto, no domingo, onde tomei o Ferry Boat para regressar a casa, apreciei, sobremaneira, o arranjo urbanístico da marginal. Muita gente por ali gozava a tarde acolhedora que dava vida e alegria àquele espaço para turistas e moradores se cruzarem, num vaivém contínuo. Outros esperavam como eu a hora da partida do Ferry.
Enquanto cirandava à procura de rostos conhecidos e de ângulos para a fotografia, verifiquei que havia frases escritas no chão da marginal. E uma muito próxima de outra que eu já conhecia.
A de S. Jacinto diz assim:
"Estranha gente esta onde os bois lavram o mar"
Penso que a ideia foi boa, mas trata-se de um lapso em relação à original, publicada no livro de Raul Brandão, "Os Pescadores". Diz o grande escritor, citando Ferdinand Denis:
"Que estranho país é este onde os bois vão lavrar o próprio oceano?!..."
A ser reescrita a frase, é fundamental que ela seja acompanhado do nome do autor, que não foi Raul Brandão, como muita gente pensa e diz. Ele limitou-se a citar...