Dedico este apontamento aos confrades
da Confraria Gastronómica do Bacalhau
De vez em quando dá-me para isto: fujo da trivial normalidade e meto-me no sótão. Fecho os olhos, passo pelas brasas, ouço o silêncio, leio e pego algo que está para ali esquecido, como que em sono eterno.
Hoje peguei na revista ILUSTRÇÃO, 1928, e deparei com publicidade daquela época. Interessante. Dá que pensar nas mudanças que entretanto se operaram até aos nossos dias. Esta publicidade, que partilho e dedico aos confrades da Confraria Gastronómica do Bacalhau, desta nossa terra que um dia foi batizada com o nome justo e pomposo de Capital do Bacalhau, terá tido a sua utilidade.
Apresenta um quadro, como podem ver, em que sobressai uma máquina a petróleo que eu conheci perfeitamente, porque em minha casa até havia duas, uma mais barulhenta e outra mais silenciosa, e por baixo lá vem em “Opiniões Insuspeitas” , a recomendação que aos confrades diz respeito:
O bacalhau:
“Um fogão d’estes da Vacuum,
Com pressão em alto grau,
Atesto p’la minha honra
Que até estende o bacalhau!”
Meus caros confrades… E se experimentassem?
Bom domingo para todos, com ou sem bacalhau preparado desta maneira.
Nota: Desculpem a foto do telemóvel, mas o digitalizador está lá em baixo...