quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Márcio Walter à procura das suas raízes entre nós

Os Carolas podem dar uma ajuda 

´Márcio comigo na Costa Nova
Não é todos os dias que se conhece um jovem que vem de S. Salvador, Brasil, para descobrir as suas raízes portuguesas, aqui no Concelho de Ílhavo e lá para as bandas de Coimbra. Um dos seus apelidos, Carola, que presentemente não usa, que as leis e os usos vão variando conforme os tempos, está em muita gente da região de Ílhavo.
Márcio Walter não me contactou por acaso. Nas suas buscas pela Net, encalhou nos meus blogues, Pela Positiva e Galafanha, onde apreciou uma referência a um dos seus antepassados, Maestro da então Filarmónica Ilhavense (Música Velha), agora denominada de Filarmónica Gafanhense. 
Tanto bastou para estabelecermos conversa via e-mail, ampliadas posteriormente no Facebook. Com as simples e poucas dicas que eu possuía, o Márcio bateu a muitas portas dos arquivos existentes e lá foi construindo pouco a pouco a sua árvore genealógica, iniciada na sua terra natal e já bastante completa. Mas as pesquisas vão prosseguir, porque o Márcio não é pessoa para pôr de lado objetivos, por mais difíceis e complexos que eles sejam.
Andou numa roda-viva, cujos rolamentos emperravam de vez em quando. Porém, o seu entusiasmo nunca abrandou, porque o Márcio quer chegar o mais longe possível, no sentido inverso da vida. Gosto, realmente, de pessoas assim. 
Com o peso da minha idade não pude acompanhá-lo como desejaria. O seu ritmo é intenso e eu preciso de alguma serenidade e para viver e trabalhar. Mas não deixei de o levar a saborear as enguias fritas a um restaurante da Costa Nova, povoação que ele apreciou sobremaneira pela tipicidade das suas casas e pela amplitude das águas tranquilas da nossa laguna. Mas ainda pudemos visitar o célebre palheiro de José Estêvão, onde seu filho Luís de Magalhães teve a gentileza e o prazer de receber o grande escritor Eça de Queirós, tão apreciado entre os nossos irmãos brasileiros. 
Formulo votos dos maiores êxitos ao brasileiro amigo Márcio Walter, quer pessoais, profissionais e sociais, quer literários (é contista) e de investigação.
Até sempre.

Fernando Martins 

NOTAS: 

1. Se alguma pessoa de apelido Carola desejar contactar com ele, pode remeter-me o contacto. 
2. Curiosamente, diversos brasileiros me contactaram, graças a apelidos e nomes registados nos meus espaços do ciberespaço.

2 comentários:

  1. O senhor Fernando é dessas pessoas que têm aquele tipo de luz posta sobre a cidade - e aqui faço duas referências: a primeira ao Evangelho, que nos diz das pessoas cuja sabedoria, espiritualidade e fraternidade iluminam o mundo de forma a que todos as possam ver; a segunda, à imagem do antigo pedagogo grego que, com a lâmpada à mão, guiava os pequenos aprendizes pela escuridão a fim de levá-los ao conhecimento.
    Foi justamente assim que nossos caminhos se cruzaram: no meio da penumbra da busca genealógica onde me encontrava, o sr. Fernando Martins me apareceu com a lâmpada à mão para me guiar aos sítios que eu precisava descobrir.
    Tenho que lhe agradecer imensamente não só pela guiança, mas também pela amizade e pela companhia tão agradável e de tanto conhecimento sobre sua (nossa!) gente e história.
    As nossas conversas resultaram em um aprendizado sobremaneira magnífico para mim - aprendizado espiritual e dos sabores típicos da terra de meus ancestrais - as enguias fritas!!
    Por isso, eu só tenho a agradecer a Deus e ao senhor pelos momentos incríveis que aí passei, pois fui buscar informações sobre um passado de lápides, e encontrei a vida de uma amizade que já me é mui cara.

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  2. Meu caro

    Confesso, sinceramente, que o meu amigo exagerou nas apreciações que teve a gentileza de fazer à minha pessoa. Sempre me assumi como pessoa humilde com o hábito, que me veio da educação que recebi em casa dos meus pais, de ser prestável para com todos, independentemente das idades, posições sociais, políticas, culturais, artísticas ou religiosas das pessoas com quem me cruzo na vida. Foi assim consigo e será assim com toda a gente. É a minha forma de ser e estar na vida. De qualquer modo, muito obrigado. Um abraço.

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