sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

A nossa gente: Padre Carlos Alberto

Padre Carlos Alberto 


Neste mês de dezembro, em que se celebra mais uma quadra natalícia, caracterizada pelo espírito de festa, família e comunhão de pessoas, dedicamos a rubrica “a nossa gente” ao Padre Carlos Alberto Pereira de Sousa.
Nascido a 28 de março de 1960, na aldeia de Vila Seca, freguesia de Rocas do Vouga, Sever do Vouga, o Padre Carlos Alberto, como é conhecido, veio viver para a Gafanha da Nazaré com apenas oito anos de idade. Aqui continuou os seus estudos na Escola Primária da Cale da Vila e, mais tarde, em Aveiro, na Escola Secundária n.º 1, atual Escola Secundária Mário Sacramento.
Quando veio viver para a Gafanha da Nazaré, deixou de frequentar a catequese. Ia à Missa apenas para acompanhar a sua mãe, uma mulher muito religiosa e devota de N.ª Sr.ª de Fátima. A ideia de vir a ser Padre só lhe ocorreu mais tarde.
A “Páscoa Jovem”, organizada pelo Padre António Maria Borges, e a Reza do Terço a N.ª Sr.ª de Fátima, todos os dias dos meses de maio e outubro, marcaram profundamente o seu percurso na fé. Num certo dia, quando esperava pelo autocarro para regressar
a casa, foi abordado por um jovem que perguntou se queria pertencer a um grupo de jovens. Aceitou o convite, julgando tratar-se de algo idêntico à “Páscoa Jovem”, mas era um grupo de Schoenstatt. Foi assim que, com 17 anos de idade, conheceu o movimento de Schoenstatt, envolvendo-se, de alma e coração, em vários projetos: a catequese, o Grupo de Jovens da Paróquia, a Juventude Masculina de Schoenstatt e o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré que ajudou a fundar.
Os Padres Miguel Lencastre, António Maria Borges e Rubens Severino tornaram-se referências para aquele jovem que, aos 18 anos, pensou seguir-lhes os passos. Foi no dia 27 de outubro de 1985, dia em que se coroou a N.ª Sr.ª no Santuário de Schoenstatt como Rainha, que tomou a decisão de ser Padre.
Entre 1989 e 1990 realizou o Noviciado na Argentina, seguindo-se a Cidade Muenster na Alemanha, onde aprendeu alemão e iniciou o Curso de Filosofia e Teologia. Realizou um estágio numa Paróquia da responsabilidade de Padres de Schoenstatt no Chile. Voltou à Alemanha durante um semestre e, com a abertura de um novo Seminário da Comunidade no Chile, realizou neste país o último ano dos seus estudos.
No dia 16 de dezembro de 1995, foi ordenado diácono por D. Manuel Camilo Vial, Bispo chileno e, em janeiro de 1996, regressou a Portugal, onde realizou o estágio de diácono nas Paróquias de Paço de Arcos e Caxias.
No dia 29 de junho de 1996, foi ordenado sacerdote na Igreja Paroquial da Gafanha da Nazaré por D. António Marcelino, na altura Bispo de Aveiro.
Continuou a viver em Lisboa, trabalhando nas referidas paróquias por mais um ano e meio, sempre ligado à juventude masculina de Schoenstatt. Pouco tempo depois, assumiu o cargo de Assistente do Movimento nas Dioceses do Porto e Braga. Foi Capelão da Obra do Ardina e de um Colégio de Schoenstatt e ainda apoiou sacerdotalmente a Academia do Sporting Clube de Portugal (formação), clube do seu coração. 
Em 2003, foi transferido para o Porto, onde apoiou o Movimento de Schoenstatt de Aveiro e Braga e, no ano seguinte, veio residir para o Santuário de Schoenstatt, onde se encontra desde então, desempenhando funções de Diretor do Movimento na Diocese de Aveiro e de Assistente do Movimento em Coimbra e no Funchal.
Dono de um espírito dinâmico, de fácil trato e com grande sentido de humor, o Padre Carlos Alberto é um exemplo de dedicação ao próximo que aqui queremos homenagear.

Publicado na agenda “Viver em...”, n.º 12, da CMI

NOTA: Permitam-me que neste momento dirija duas palavras ao Padre Carlos Alberto que conheço desde a juventude, percebendo, desde essa altura, que o seu caminho, se Deus o desejasse, seria ligado ao Movimento de Schoenstatt, como se tornou realidade. E desde então fui apreciando a sua dedicação à Igreja, nomeadamente a Schoenstatt, sem fugir a outras tarefas eclesiais, e não só.
Com um espírito de entrega muito vincado, o Padre Carlos Alberto mantém, ainda hoje, com os seus 55 anos, a juventude, caraterística que cultiva no dia a dia, seja com quem for. Alegre de riso aberto, comunicativo, bem-humorado, dialogante, próximo de jovens e menos jovens, cativante quando transmite mensagens, porque ele sabe que um santo triste é um triste santo. 
E já agora, permitam-me também que louve os responsáveis pela agenda “Viver em…”, que sabem ter em conta que a vida, cheia de munícipes de talento, não deixa de ter gente cujo valor  está no sentido espiritual que oferece aos nossos conterrâneos.

F.M. 



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