Qualidade do ar na zona envolvente
do Porto de Aveiro tem melhorado,
mas não é suficiente
A qualidade do ar na zona envolvente do Porto de Aveiro, que tantos protestos tem desencadeado a partir das populações mais afetadas, tem melhorado «mas não é suficiente», sublinha a ADIG (Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha da Nazaré) em comunicado tornado público recentemente. Também a Câmara Municipal de Ílhavo chamou a si a responsabilidade de acompanhar o processo, «de forma atenta e permanente», enquanto recomenda à Administração do Porto de Aveiro, «a necessária celeridade na prossecução das diligências que permitam, com a maior brevidade possível, a implementação das medidas propostas pelo referido estudo [publicado recentemente], por forma a proporcionar uma vivência mais tranquila à população da Gafanha da Nazaré».
A ADIG, porém, reclama que há medidas urgentes a tomar, tendo em conta os danos para a saúde das populações, denunciando que continua a «movimentar-se Petcoke sem licença, desde há mais de três anos e quase um ano depois da Cimpor solicitar o licenciamento».
Nessa linha, reclama a construção de uma «bacia de contenção de lixiviados, para a Ria não ser contaminada», e a fundamental «Estação de Tratamento, já prometidas pela Cimpor, no pedido de licenciamento».
A ADIG defende uma «barreira eólica, maciça, contra ventos dominantes, a executar a norte do depósito dos produtos, assente no solo e mais alta que os montes e que servirá para defesa da poluição pelo Petcoke e pelo Clinquer, entre outros produtos poluentes». Ainda indica como muito premente a implantação de uma zona arborizada nos limites do Porto Comercial «para impedir algumas poeiras que se libertem».
Aquela associação propõe uma «estação de monitorização da Qualidade do Ar em contínuo» e a edição de um «Manual de boas práticas de manutenção dos produtos descarregados e expedidos».
F.M.