António Cirino nasceu a 25 de julho de 1946, na Gafanha da Encarnação, Município de Ílhavo. Estudou até à 4.ª Classe na Escola Primária Encarnação Sul e foi admitido na Escola Comercial de Aveiro, onde estudou até ao 4.º ano.
Entre 1964 e 1968, cumpriu o Serviço Militar na Marinha de Guerra, onde desde logo demonstrou uma grande apetência pelos desportos náuticos.
No final de 1968, com apenas 22 anos de idade, António Cirino emigrou para a França à procura de uma vida melhor. Viveu em Paris durante quinze anos, aliando o seu trabalho no ramo automóvel ao Associativismo. Para além de jogar futebol, foi Dirigente Associativo no Clube Saint Gracient.
Em 1983 regressou à Terra Natal, onde se instalou por conta própria com um negócio de reparação de automóveis (até 2001), a que se seguiu o trabalho de gestão no Estaleiro de Reparações Náuticas “Ponte Mar” (até 2012).
Nesse mesmo ano foi convidado para colaborar no NEGE – Novo Estrela da Gafanha da Encarnação e acabou por ser eleito Presidente da Direção do Clube, exercendo um mandato (1983-1985), do qual se orgulha muito pela obra realizada.
A Associação Náutica da Gafanha da Encarnação surgiu no pensamento de António Cirino pouco tempo depois. Um certo dia, num dos seus passeios à beira Ria, tendo a Costa Nova e o Clube de Vela como cenário, António Cirino, recordando os tempos na Marinha e no Rio Tejo, idealizou um Clube para a Gafanha da Encarnação.
António Cirino depressa passou do pensamento à prática: reuniu algumas pessoas que, desde logo, acreditaram no seu projeto e puseram mãos à obra. E assim, aos poucos, estaca a estaca, erguidas e cravadas a pulso por meia dúzia de pessoas, de um lamaçal nasceu um Ancoradouro para barcos de recreio uma colectividade vocacionada para o lazer náutico. A ANGE foi fundada a 26 de junho de 1989, reunindo excelentes condições para acolher embarcações e proporcionar aos seus sócios, não só a sua atividade de lazer náutico como também comodidades para poderem usufruir de uma paisagem impar e invejável.
Reformado há cerca de três anos, António Cirino ocupa a maior parte do seu tempo a trabalhar para a menina dos seus olhos, a ANGE, e continua a sonhar e a concretizar projetos porque, para si, “sempre que o homem sonha o mundo pula e avança”.
Fonte: Agenda “Viver em…” da CMI
NOTA: Congratulo-me sempre quando vejo reconhecidos os méritos da nossa gente, sobretudo de pessoas que conheço, mesmo que delas não seja íntimo. Neste caso, o António Cirino é um exemplo indiscutível da capacidade de entrega a causas e de amor à sua terra. E a ANGE mostra à saciedade quanto vale a força de vontade e de sonhar, sobretudo quando daí resultam obras que enriquecem a comunidade. Os meus parabéns para o António Cirino.