Neste dia, em que pelo, segundo ano, evoco a
figura saudosa do meu pai, sem lhe poder dar uma prenda viva, aqui fica o
primeiro poema que lhe dediquei. Tinha eu 33 anos e ele 63, quase a idade que
tenho hoje. A sua imagem, sempre presente na minha vida, é a garantia do seu
prolongamento, numa outra dimensão. Que esteja naquele ”bom lugar”, a que se
referia, neste mundo e que muito desejava alcançar. Que Deus, sumamente bom e
misericordioso, lhe tenha concedido esta última vontade!
Já houve
grandes poetas
Outros a
eles iguais
Sei que
existiram profetas
É deles
que há sinais.
dedico-lhe
este poema
este é
pois, o meu lema.
Alguns
ficaram famosos
Liberdade
proclamaram,
Melhores
dias desejaram.
Em tudo o
que deles ficou
Ideais de
humanidade
De tudo o
que mais marcou
Ah! Foi a
solidariedade!
Maria Donzília Jesus Almeida
19 de
Março de 1983