25 de julho de 1921
Cemitério Paroquial
Cemitério da Gafanha da Nazaré |
O Cemitério Paroquial, assim designado na altura da sua construção, foi benzido no dia 25 de julho de 1921.
Avançando com um pouco de história, lembramos que foi sucessivamente acrescentado em 28 de dezembro de 1933 e em abril de 1939, conforme se lê na “Monografia da Gafanha” do Padre João Vieira Resende. Em 16 de julho de 1938, a Câmara pagou 1150 escudos pela planta do cemitério da Gafanha da Nazaré, certamente para legalizar as diversas alterações entretanto feitas.
Com a sua inauguração, os falecidos na Gafanha da Nazaré deixaram de ser sepultados no cemitério de Ílhavo, acabando o sacrifício que isso representava, tanto na altura dos óbitos como nos dias de Todos os Santos [1 de novembro] e Fiéis Defuntos [2 de novembro].
Recuando uns bons anos, os funerais tornavam-se um trabalho penoso e demorado, por falta de acessos condignos. Todos a pé até Ílhavo, as populações locais reclamavam um cemitério, o que só veio a acontecer 11 anos depois da criação da freguesia e paróquia.
Sublinha o livro “Gafanha – Nossa Senhora da Nazaré” que em 21 de novembro de 1926 a Junta de Freguesia «deliberou oferecer o terreno para a sepultura do Prior Sardo», falecido em 20 de dezembro de 1925, e que em 19 de dezembro do mesmo ano foi reconhecido que o cemitério estava «todo tomado e que era urgente tomar as devidas providências para adquirir uma parcela de terreno para a sua ampliação», o que veio a acontecer em março de 1927».
Em 27 de janeiro daquele ano foi decidido abrir a estrada do cemitério. A Capela das Almas começou a ser construída em outubro de 1927, tendo sido dada por concluída em 30 de dezembro de 1933.
As obras de ampliação e de melhoramentos continuaram através dos tempos, sendo de registar que, por força do desenvolvimento demográfico da freguesia, as obras tornaram-se frequentes, desde a inauguração do cemitério até aos nossos dias.
Nos últimos tempos, operaram-se significativos melhoramentos: novos talhões foram traçados, o Jazigo dos Priores da Gafanha da Nazaré foi erguido e a Capela Mortuária foi construída pela Câmara Municipal de Ílhavo, estando presentemente sob administração da Junta de Freguesia.
Fernando Martins