Maria Donzilia Almeida
Mesa de cabeceira do Zé da Rosa |
Também chamado Dia Mundial do Livro, é um evento comemorado todos os anos no dia 23 de abril e organizado pela UNESCO, para promover o prazer da leitura, a publicação de livros e a proteção dos direitos de autor. O dia foi criado na XXVIII Conferência Geral da UNESCO que ocorreu entre 25 de outubro e 16 de novembro de 1995.
A data de 23 de Abril foi escolhida porque nesta data, do ano de 1616, morreram Miguel de Cervantes, William Shakespeare e Garcilaso de la Vega. Para além disto, na mesma data, em outros anos, também nasceram ou morreram outros escritores importantes: Maurice Druon, Vladimir Nabokov, Josep Pla e Manuel Mejía Vallejo.
Ler é um hábito salutar que deve ser estimulado desde tenra idade, pois é já um lugar comum, afirmar-se que quem muito lê, muito sabe. A leitura permite viajar no tempo e no espaço, sem se sair do conforto da nossa sala de estar!
A Escola Portuguesa tem empreendido diversas atividades neste domínio, no sentido de levar os alunos a criar hábitos de leitura regular e a sentir o seu fascínio. A vinda de escritores contemporâneos, às escolas, com um programa criteriosamente preparado pelos professores de português, assessorados por colegas doutros departamentos, é uma metodologia, amplamente praticada, muito acarinhada e que tem dado os seus resultados. Vende-se e compra-se livros e há, sempre, a curiosidade em verificar no papel, as ideias e as conversas com o autor.
Os alunos, constatam, no seu quotidiano escolar, que os escritores são de carne e osso como eles e não aqueles seres místicos, inatingíveis, como eu, em miúda, pensava. A interação com homens e mulheres, das letras, tem sido bastante profícua em ambiente escolar e penso que, mais cedo ou mais tarde, irão colher-se os seus frutos.
A última presença neste âmbito, foi o escritor nortenho António Mota, que encantou as criancinhas da nossa escola e manteve um diálogo cordial, com os colegas, já que ele próprio foi professor do 1º ciclo. Já o tinha encontrado, noutras escolas por onde passei, no norte, mas é sempre um prazer renovado, reviver estas experiências culturais.
Reportando-me aos meus tempos de menina e moça, evoco aqui, um livro, que via sempre pousado na mesa de cabeceira do quarto dos pais, cuja capa sempre me impressionou!
Ficou-me gravada esta imagem, associada ao Zé da Rosa, que lia, lia muito, quase compulsivamente. Daí a sua vasta cultura e sabedoria e o valioso legado patrimonial, que deixou à sua prole.
Se há imagens que valem por mil palavras, esta é, seguramente, uma que me ficou gravada, pela sua eloquência!
23.04.2013
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