quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Cristão consciente e irmão sem fronteiras

Donos ou administradores fiéis?
António Marcelino


António Marcelino


Não tinha esse hábito, nem preocupação. Adquiri-o agora quando a vida nos obriga a revisão. Fechei há dias as minhas contas do ano. Contas de euros, claro. De poucos ou muitos, no caso, mais poucos que muitos, não sou dono, mas simples administrador. Recebo, gasto… Mas gasto em quê? Privo-me para partilhar com pessoas e instituições? Se penso que tudo é meu, tudo deixa de me pertencer. Não sou mais que um recetor distribuidor. Não importa, por isso, se por mim passa muito ou pouco. É preciso que apenas passe. Por isso tenho de anotar, fazer, contar, saber os que esperam, legitimamente, pela verdade das contas. Depois, há os que durante o ano solicitam a minha atenção e os que no fim do ano a esperam, e até me recordam.
Cheguei depressa à conclusão de que fazer isto é um dever e o que se deve tem muita força. Não apenas de bispo emérito, mas de cristão consciente e de irmão sem fronteiras.

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