As comemorações da implantação da República, 5 de outubro, deixam de poder contar com o feriado. Este ano, por razões das crise ou outras, foi celebrado em Lisboa à porta fechada, longe do povo e com a bandeira nacional com o escudo de pernas para o ar. Uma tristeza e só para convidados...
Para mim, não passou de uma decisão no mínimo insólita. Eu sei que o povo já não dá importância às festas que justificam os feriados. Quer tão-só gozar um dia de folga, longe do stresse do trabalho quotidiano. Isto para os portugueses que têm emprego, que os outros não estão para festejos. Mas com a porta aberta haveria liberdade para entrar quem quisesse. Assim, não. Houve medo do povo? Talvez. É que o povo está farto de demagogias.
Estará alguém com vontade de rir, de folgar e de celebrar? Julgo que não.
O 5 de outubro, contudo, deve ser recordado, sobretudo para tentarmos perceber que povo somos nós que fomos na conversa das promessas eleitorais dos partidos, que nos oferecem líderes sem estatura de Estado, sem conhecimento prático da vida, sem noção concreta do que é a justiça social.... Sem... Sem... Nada.
Estou muito descontente com os políticos que nos têm governado e que nos governam. Com os políticos que fogem do contacto com o povo, que ditam aos outros aquilo que não praticam. São, muitos deles, demagogos, incoerentes, mentirosos. E Portugal, com uma história tão rica, está entregue a gente desta, sem nível e incapaz de se dar ao respeito. Nem o primeiro-ministro compareceu. Ele sabia muito bem do 5 de outubro, mas não lhe dava jeito ouvir quem sofre.
Na TV vi dois gestos de protesto. Um de quem não tem dinheiro para comer e para se tratar e outro de quem protesta contra a sociedade injusta e sem alma. Os protesto hão de continuar.
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