Quando foram plantadas árvores nos passeios da Av. José
Estêvão, decerto com as melhores intenções, talvez poucos pensassem que a ideia
não seria boa. Com o tempo, porém, veio a provar-se que as árvores, em passeios
estreitos, só prejudicam a mobilidade e provocam estragos. A Câmara Municipal
de Ílhavo (CMI), com a decisão de arrancar as árvores, veio pôr termo aos muitos protestos que ao
longo do tempo lhe foram chegando.
Fernando Caçoilo, vereador da autarquia ilhavense e
responsável pelo setor, falou-nos das razões que levaram a CMI a retirar as
árvores, já com uns anos de vida. E garantiu-nos que a Av. José Estêvão não tem
dimensões para manter árvores nos passeios laterais, sublinhando que os
plátanos, que estão a ser arrancados, são, normalmente de grande porte.
As queixas insidiam sobre as dificuldades de circulação de
cadeiras de rodas, carrinhos de bebés, carros de compras e mobilidade das
pessoas que se viam, em certos lugares, na necessidade de saltar para a avenida,
para contornarem os obstáculos. As folhas entupiam as caleiras de casas e as sargetas,
e as raízes rebentavam a calçada e os muros das habitações.
A operação que tem estado em curso leva os calceteiros a
repararem de imediato os estragos, como seria de esperar, para se evitarem mais
transtornos às populações.
Questionado sobre a possibilidade de se plantarem novas
árvores, de características diferentes, Fernando Caçoilo adiantou-nos que não
está prevista essa hipótese, frisando que os passeios não permitem, por serem
demasiado estreitos, qualquer obstáculo à livre circulação. Disse ainda,
valorizando a importância da árvore na paisagem urbana, que, no fundo, as
pessoas devem estar em primeiro lugar, na hora das decisões.