O MOLHO DE ERVA À CABEÇA
Caríssima/o:
Quem andar à cata de 'coisas e loisas' sobre bicicletas está sujeito a tudo...
Partilho um texto que pode motivar e até orientar uma conversa informal sobre a aprendizagem e a sequente utilização da bicicleta:
“Esta desformalização da condução de bicicletas na via pública associada à ausência de uma política e de um programa de formação, contribuiu provavelmente para negligenciar este tipo de veículo e todos os cidadãos que optam por ele para se deslocar. A bicicleta é algo marginal, que pode e deve circular na estrada mas que tem regras específicas para ela (algumas estúpidas) e que a rebaixam (e ao seu utilizador) face aos outros utentes das vias, ao mesmo tempo que nada lhe é exigido nem oferecido. Porque é que é importante um miúdo fazer um curso para aprender a andar de “acelera” na estrada mas já não o é se for para andar numa bicicleta? Ambos deverão aprender a usar os seus veículos e a conduzir de uma forma segura para eles próprios e para com quem se cruza com eles…”
Pegando nesta deixa e olhando para a figura acima (que mais não será que uma distracção... ou uma aflição...), aflorou à minha imaginação o quadro daquela rapariga que surgiu inesperada na curva com um molho de erva à cabeça e um pimpolho agarrado com o braço direito, ... já que o molho se equilibrava sem qualquer amparo!
Adjectivos? Quantos quisermos...
Juventude, força, equilíbrio, elegância.
Naqueles idos tempos, a bicicleta era, de facto, barata..., saudável, ecológica e proporcionava momentos de rara beleza e forte inspiração.
(Não sei como procederia o guarda republicana se a apanhasse naquela figura!?... Ou será que faria como aqueles que nos viam passar e sorriam, olhando para o lado, pois sabiam -estes- a dificuldade que tínhamos para andar na estrada!... Era preciso ter travões, chapa da matrícula, livrete da bicicleta, licença e a respectiva carta de condução de velocípede!... Enfim, outros tempos, outras figuras, outras posturas!...)
Manuel