O bispo do Porto, D. Manuel Clemente, mostrou-se satisfeito pela resposta dos artistas da diocese ao convite que lhes enviou para um encontro no paço episcopal, realizado no último dia 16.
Em declarações à Agência Ecclesia, o prelado afirmou que a presença de várias dezenas de participantes «ultrapassou as expectativas», criando «uma base» para projetos futuros.
«Foi um encontro, não foi mais do que isso, mas isso já é muito, porque as pessoas tiveram oportunidade de dizer da sua justiça, das suas aspirações, o que é que almejam», referiu.
Para o presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, a Igreja tem uma oferta «universal» que se define como «convocação, oportunidade de encontro», também no campo da arte.
D. Manuel Clemente lembrou o «contacto habitual» que ele próprio e a diocese mantêm com os «mundos das letras e das artes» na região, particularmente através do Secretariado da Pastoral da Cultura, presidido por Joaquim Azevedo.
«Fomos conversando e surgiu a necessidade de, de vez em quando, conversarmos sobre esta relação entre a arte e a religião, o simbolismo que precisamos de aprofundar e reencontrar, com grande repercussão social em termos de sentimentos e aspirações comuns», explicou.
A sessão decorreu, simbolicamente, dois dias antes de a Igreja Católica evocar a memória de Fra Angélico, “padroeiro dos artistas”, religioso italiano do século XV que se distinguiu pelas suas pinturas e que foi beatificado pelo Papa João Paulo II em 1982.
Quanto à realização de novas iniciativas, D. Manuel Clemente deixa uma certeza: «Não tardará muito a que voltemos à convocação».
O encontro de dia 16 destinava-se a personalidades nascidas ou residentes no território da diocese do Porto, tendo reunido sobretudo artistas plásticos e ligados ao mundo do Teatro.
Octávio Carmo / SNPC
In Agência Ecclesia