Claustro
Visitei há dias o Museu de Aveiro, mais conhecido como Museu de Santa Joana. Completamente renovado, é um desafio para os amantes da cultura. Anexo tem a galeria municipal, que também visitei. Em boa hora, porque pude apreciar riquezas do nosso património, quer do espólio do Museu de Aveiro, quer de outros museus, nomeadamente, do Museu Nacional de Arte Antiga, privilégio que lhe vem de pertencer, julgo eu, à Rede Nacional de Museus.
Era dia de semana e, talvez por isso, pouquíssima gente por lá andava. De sala em sala, de corredor em corredor, fui registando as modificações, as adaptações às mais recentes leis expositivas. Luz abundante ou quanto baste, controlo de temperatura e humidade. Vigilantes discretos mas atentos, aqui e ali esclareciam o visitante, chamando a atenção para um ou outro quadro ou pormenor.
As marcas da Princesa Joana, beatificada em 1693, saltam à vista de quem entra no Museu. E vale a pena, fixar os olhares em novas iconografias dedicadas à filha de D. Afonso V, que trocou Lisboa pela então humilde vila de Aveiro, em 1472. Morreria em 12 de Maio de 1490, com 38 anos de idade. O seu túmulo é um monumento digno de apreciação mais cuidada, enquanto o espírito da Princesa, padroeira da cidade e diocese de Aveiro, nos deve conduzir a alguns momentos de reflexão.
O Museu de Aveiro precisa agora de ser mais visitado, a começar precisamente pelos aveirenses. Aliás, de alguns ouvi que já lá não vão há anos. Aproveitem então nesta quadra.
FM