Um trabalho indispensável
para o conhecimento
da entrada de Schoenstatt em Portugal
No dia 21 de Outubro, no Centro Tabor, Movimento Apostólico de Schoenstatt, foi lançado o livro “Um SIM decisivo — Padre Miguel Lencastre e Schöenstatt em Portugal”, da autoria de Maria Helena Saraiva e Castro Valente, com prefácio de D. Serafim Ferreira e Silva, Bispo Emérito de Leiria-Fátima. A cerimónia foi precedida de uma eucaristia, celebrada pelo Padre Miguel, comemorativa do 31.º aniversário da inauguração do Santuário na Colónia Agrícola da Gafanha da Nazaré.
A publicação é da Paulus Editora e a autora é uma conhecida schoenstattiana, que milita, desde 1978, na Família do Patriarcado.
Helena Valente diz, no Prólogo, que o seu trabalho surgiu como resposta à necessidade sentida, neste ano jubilar, de «um levantamento histórico do que se terá passado, ao certo, na Fundação de Schöenstatt em terras Lusitanas, bem como do desenrolar dessa mesma História.»
Quis, e bem, aproveitar «o que nos podem contar aquelas testemunhas que felizmente ainda se encontram entre nós», sendo certo que o Padre Miguel Lencastre é «uma dessas preciosas testemunhas», porque viveu «essa Fundação na primeira pessoa».
Padre Miguel e Helena Valente
Depois de apresentar dados essenciais sobre o Fundador do Movimento Internacional de Schoenstatt — Padre José Kentenich — e dos passos seguidos para o lançamento do seu projecto, rumo à construção do homem novo para uma nova sociedade, à sombra do Santuário e em Aliança com Maria, a autora debruça-se sobre a vida e o testemunho do Padre Miguel.
Relata com riqueza de pormenores as origens familiares do nosso antigo prior, os devaneios de um jovem, como ele foi, despreocupado e sem convicções religiosas. Muito próximo do povo, amante da liberdade e nada preso a costumes e tradições. Um jovem que se torna boémio, com gosto pelo convívio com amigos e pelas noitadas académicas. Nada condizentes com os princípios tradicionais da sua família.
Helena Valente entra depois nos encontros providenciais que, à luz da fé, se traduzem nos misteriosos caminhos de Deus, que levaram o jovem Miguel a responder com um «sim decisivo». A seguir Schoenstatt e os desafios que sempre assumiu em aliança com Maria. O Padre Miguel foi, com sua família, um dos grandes obreiros da entrada do Movimento de Schoenstatt em Portugal.
No Prefácio II, o Padre Miguel louva o trabalho de pesquisa da autora e a recolha dos seus testemunhos e de sua irmã Margarida. E garante que o livro termina em 1972 para não ficar muito extenso. As suas actividades apostólicas na Gafanha da Nazaré servirão para outros livros, afirma.
Este trabalho de Helena Valente é, todo ele, indispensável para o conhecimento da entrada do Movimento Apostólico de Schoenstatt em Portugal. Os schoenstattianos, e não só, precisam de o ler.
Fernando Martins