sábado, 2 de outubro de 2010

Mais um Prémio Literário para João Alberto Roque


Venho brincar aqui no Português


Venho brincar aqui no Português,
a língua dos meus pais e minha, agora,
herança a que acedi e assim me fez
irmanado a milhões, pelo mundo fora.


Espaço de orgulho e altivez,
onde se ouve uma voz livre e sonora.
Lugar de diversão, sem timidez,
não vive já dos feitos de outrora.


E os poetas que brincam com os sons,
alegres companheiros no recreio,
partilham todos deste devaneio:


de tornar, cada qual com os seus dons,
nossa língua um local acolhedor;
nossa pátria mais rica… e maior.

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O Prémio Literário Hernâni Cidade é uma iniciativa anual da Câmara Municipal de Redondo, através da sua Biblioteca.
Na edição de 2010 a modalidade foi poesia e os trabalhos (um conjunto de três sonetos) tinham que ser subordinados ao tema: Venho brincar aqui no Português, a língua – uma frase do conhecido escritor moçambicano Mia Couto, retirada da sua crónica Perguntas à língua portuguesa. Essa crónica foi o ponto de partida para escrever o poema Mia Couto. Outro poema começa com o tema proposto: Venho brincar aqui no Português, a língua… O terceiro tem como título Unidiversidade uma palavra inventada, como é característica do autor moçambicano.
A cerimónia de entrega dos prémios será no dia 23 do Outubro.

NOTA: João Alberto Roque, que tenho há muito como bom amigo, é, pelo que sei, o gafanhão mais premiado em concursos literários. Distinguiu-se nos primeiros como contista, com uma veia criadora inesgotável, e agora apostou na poesia. Vai receber, no dia 23 de Outubro, o prémio com que foi distinguido. O concurso impunha três poemas, que publicarei, neste meu modesto espaço, para que todos os meus amigos e leitores passem a conhecer mais e melhor este nosso escritor, que é, também, professor na Escola Secundária da Gafanha da Nazaré e cidadão empenhado na defesa do melhor para a nossa comunidade.
Os meus parabéns ao meu amigo Roque.
FM


4 comentários:

  1. Leopoldo Oliveira02/10/2010, 15:30:00

    Parabéns, Prof.Roque.
    "Ditosa Terra,que tão ilustres filhos tem."
    Continue a criar coisas belas, e nunca desista de lutar pelo bem da nossa Gafanha.
    Um abraço do
    Leopoldo Oliveira

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  2. Estou agradecido aos muitos amigos que, por diferentes meios, vão dando palavras de incentivo.

    Também não sobrevalorizemos os concursos literários.

    Eu não escrevo apenas em função dos concursos. Simplesmente gosto de escrever e se tenho conhecimento de algum concurso em que os textos que já tenho escritos se enquadram, eu concorro.

    Os concursos literários são uma oportunidade de ter os meus textos avaliados por leitores exigentes e imparciais já que não me conhecem e, ao mesmo tempo, uma oportunidade para dar a conhecer o meu trabalho.

    Neste último ano e meio tenho andado pouco capaz de escrever. É precisa uma disponibilidade de tempo e de espírito que não têm abundado.

    Os concursos são sobretudo úteis para mim quando, como aconteceu neste caso, os temas propostos me estimulam a escrever.

    Já não é a primeira vez que tal acontece. A primeira foi com o concurso da Trofa. Nunca tinha escrito nada em prosa numa perspectiva literária. Foi o cartaz afixado na minha escola que me desafiou. Ganhar o primeiro concurso a que se concorre, sobretudo àquele nível, não deve ser muito habitual. Talvez tenha sido sorte de principiante, com algum mérito à mistura.

    Depois concorri a outros em que não ganhei. Curiosamente, a maioria dos concursos a que concorri foi com poesia e eu não encaixo bem nas correntes mais modernas. Importante era que eu gostasse dos textos que ia escrevendo.

    Não há muitos concursos de literatura infantil. Os que eu conheço com carácter anual já não posso concorrer.

    No concurso da Madeira, o texto já estava escrito e, para o adequar ao regulamento, acrescentei-lhe umas poucas linhas, que não destoaram do resto.

    No caso do Prémio Literário Hernâni Cidade, iniciativa da Câmara Municipal de Redondo, recebi uma carta com o regulamento (já tinha concorrido noutro ano) e o tema inspirou-me. Passada meia dúzia de dias os três sonetos estavam escritos. Ficaram cerca de dois meses a marinar, mudei uma ou outra palavra e, quase no fim do prazo, enviei-os. Inesperadamente, ganhei.

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  3. PARABÉNS JOÃO ALBERTO!
    Fico muito contente por saber que venceste mais um prémio literário. Grande incentivo para continuares essa colecção.
    Beijinhos,
    Aldina

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  4. PARABÉNS ROQUE

    pelo teu prémio literário. Fiquei muito contente por saber que um colega meu da Escola é um poeta e nacionalmente reconhecido.Continua que estás no bom caminho.

    Teresa Pacheco

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