segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Gafanha da Encarnação: A festa sempre esperada pela população


Juventude na banda



Mulheres com força para levar um andor

Os homens mais habituais nestas andanças


A Festa

Maria Donzília Almeida

Estão a decorrer pela enésima vez, os festejos em honra da Nª Senhora da Encarnação. É um evento muito esperado pela população local e também muito bem preparado e com bastante antecedência.
Na verdade, a comissão de festas, nos seus vários elementos devidamente uniformizados, tem envidado todos os esforços para a angariação de fundos e para que tudo corra como previsto.
É de referir as ornamentações da igreja, em que um mar de flores deu brilho e colorido à casa do Senhor. De salientar os andores onde mãos meticulosas e hábeis deram forma e arte ao suporte das imagens religiosas. Dir-se-ia que andaram ao despique para ver qual ficaria mais bonito, rivalizando em mestria e imaginação.
No exterior da igreja, nas ruas adjacentes, fervilha o comércio dos ambulantes, onde tudo se vende: doces vários, comes e bebes, bijuteria, brinquedos, etc. numa convivência pacífica entre o sagrado e o profano.
Os momentos altos da festa e o verdadeiro motivo, da sua comemoração, são a eucaristia da manhã de domingo e a procissão, à tarde. Esta integra as bandas de música que fazem o acompanhamento musical, os escuteiros em desfile e uma grande variedade de pessoas que ora voluntariamente, ora em cumprimento de promessas, dão corpo a este cortejo. De referir que os andores são transportados pelos mancebos da freguesia que fazem questão de dar o seu contributo. É vê-los desfilar sumptuosamente sobre os ombros, para apreço dos olhares dos observadores.


Esta festa ocorre em meados de Setembro e faz recordar os tempos em que a Gafanha era um meio marcadamente rural. Nesses tempos, os agricultores andavam a braços com a colheita do milho, que andaria, certamente a secar nas eiras.
Constituía uma pausa na dura faina agrícola e o estralejar dos foguetes anunciava a chegada da festa. A pequenada sentia esse som como o acender de uma alegria genuína e esfusiante. E.....a festa era aquele local mágico que alimentava durante dois dias a fantasia dos mais novos, à custa de algumas economias feitas durante o ano.
Hoje, a duração da festa foi dilatada para quatro dias, mas o espírito continua o mesmo. Fatiota nova para dar nas vistas e dinheirito no bolso para as diversões e comes.

12.09.10

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