Investigação salienta importância da Igreja Católica
na construção de Portugal
Mais de 150 investigadores trabalharam durante dez anos para finalizar o “Dicionário Histórico das Ordens e Instituições Afins em Portugal”, obra que foi apresentada esta Segunda-feira em Lisboa.
Em declarações à ECCLESIA durante a sessão de apresentação, D. Carlos Azevedo, bispo auxiliar de Lisboa, salientou que “não podemos compreender a História de Portugal sem compreender o papel das ordens religiosas”.
Segundo o historiador, a importância destas instituições para a cultura manifestou-se nas “duas grandes vertentes” do ensino e assistência, assim como no “acompanhamento espiritual, que muitas vezes não é apreciado mas contribui para a saúde interior das pessoas”, e, por isso, “para o bem de uma nação”.
Quase 2/3 das cerca de 350 ordens apresentadas no volume são católicas, seguindo-se as protestantes (20% do total), honoríficas, civis, templárias, míticas, profissionais, esotéricas, hindus, budistas e maçónicas.
O presidente do Tribunal de Contas e do Centro Nacional de Cultura, Guilherme d’Oliveira Martins, assinalou que o volume consegue “apreender com grande rigor o percurso de algumas instituições fundamentais que, ao lado do Estado, fizeram o país”.
Para José Eduardo Franco, que dirigiu o projecto com José Augusto Mourão e Ana Cristina da Costa Gomes, a relação das ordens com o país é “umbilical”: sem elas, afirmou o investigador, “seríamos muito mais pobres” e “menos auto-suficientes”.
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