A crise de que todos falamos já provocou estragos. Descida de salários, subida de um imposto, cortes nas prestações sociais, congelamento de pensões, reduções em grande parte dos sectores do Estado. Como de costume, muitos portugueses protestam. Uns com razão, sobretudo os mais pobres e de fracos recursos, e outros por razões políticas.
Portugal está a cair no grupo dos países com ameaça de bancarrota ou lá perto. Todos acham que é preciso evitar cair-se no descrédito internacional. Todos clamam que é preciso tomar medidas urgentes e capazes de suster o descalabro iminente. Todos apontam soluções e muitos falam sem dizer nada de jeito.
Uma coisa é certa: é preciso avançar antes que seja tarde, na esperança de que o clima melhore. Na esperança de que a qualidade de vida se recomponha. Os sacrifícios de agora podem ser compensados num futuro próximo. Os que podem, que mostrem a sua solidariedade para com os mais frágeis. Não podemos alinhar com os que gritam por medidas corajosas, desde que sejam os outros a sofrer as consequências.
FM
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